Em recuperação judicial, Usina Bioenergia de Lucélia é adquirida pelo Grupo Amerra
Nossa Lucélia - 24.02.2022
No judiciário, processo de recuperação judicial da Bioenergia tramita desde 2019
LUCÉLIA - O Grupo Amerra, que representa a Amerra Capital Managment, gestora americana de fundos focada no agronegócio com sede em Nova Iorque (EUA), foi declarado vencedor no processo de recuperação judicial que colocou à venda a Usina Bioenergia do Brasil, de Lucélia.
As movimentações conclusivas sobre a transação, sob apreciação do Poder Judiciário da Comarca de Lucélia ocorreram na semana passada e nesta semana. A síntese sobre a efetivação da compra foi confirmada na manhã desta quarta-feira (23), pelo Aqui Lucélia.
A consolidação das tratativas também é narrada na decisão do juiz Fabio Alexandre Marinelli Sola, lançada na terça-feira (22) nos autos do processo de recuperação judicial 1001872-64.2019.8.26.0326, que tramita desde 2019 na 1ª Vara da Comarca de Lucélia.
Grupo Amerra apresentou proposta – avaliada entre os credores e homologada pela Justiça – e inclusive já depositou os valores ajustados. Há expectativa que o pagamento de credores comece a ocorrer dentro de aproximadamente duas semanas.
As empresa do Grupo Amerra são as principais credoras da Usina Bioenergia
(veja a relação nominal de credores)
e formularam proposta para adquirir a estrutura produtiva em Lucélia. Os representastes do Grupo Amerra já se apresentaram na unidade indústria, na cidade, como novos dirigentes do negócio.
BIOENERGIA VEM REGISTRANDO PREJUÍZOS DESDE 2013 - Inaugurada em 1979 durante o Proálcool, com o objetivo de instalar uma destilaria autônoma de álcool carburante no município de Lucélia, a Usina Bioenergia vem registrando prejuízos desde 2013, conforme descrevem os documentos públicos que compõem o processo de recuperação judicial.
Em 2020, o resultado líquido foi negativo em R$ 42,87 milhões. Além disso, ao longo dos últimos anos, a sucroenergética vem ampliando seu endividamento e, em 31 de dezembro de 2020, suas dívidas brutas com empréstimos e financiamentos somavam R$ 295,16 milhões.
Sua venda ocorre após a aprovação do plano de recuperação judicial, pelos credores, homologado pelo Poder Judiciário. A usina, que está em operação, formou uma UPI (Unidade de Produção Industrial) para a venda em leilão, cujo certame ocorreu no dia 18 de novembro do ano passado, porém a única proposta recebida, na ocasião, foi considerada frágil, por deficiências na apresentação de garantias por parte do interessado.
Veja aqui a síntese da
trajetória do processo de recuperação judicial,
no site da administradora judicial R4C.
AMERRA TEM USINA NO MATO GROSSO DO SUL - A Amerra é dona da Usina Rio Amambai Agroenergia (RAA), em Naviraí (MS). Em 2016 a antiga Usinavi foi levada a leilão judicial. Em uma situação semelhante à ocorrida com a Bioenergia, a Amerra que já era credora da Usinavi e conhecia o potencial da Usina e da região, se associou a outros investidores, e arrematou a planta industrial e o canavial. A nova empresa foi denominada Rio Amambai Agroenergia (RAA). Um ano depois, em 2017, a Amerra tornou-se a única acionista da RAA.
Com investimentos e um novo modelo de gestão, a planta industrial da RAA em Naviraí foi reformada e modernizada, os canaviais renovados e tratados adequadamente. Novas áreas foram incorporadas à produção de cana e novos empregos foram gerados.
AMERRA - A Amerrra Capital Management é uma gestora americana de fundos focada no agronegócio, com sede em Nova Iorque (EUA). Administra cerca de US$ 1,2 bilhão em ativos e tem perto de 40% de sua carteira no Brasil. Os recursos da empresa estão distribuídos nos setores de cana-de-açúcar, soja, milho, café e arroz.
Fonte: Aqui LucéliaVoltar para Home de Notícias
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