Lucélia detecta 7 registros da variante Delta na cidade; nenhum está ativo e pacientes foram curados
Nossa Lucélia - 27.10.2021


Casos ocorreram após feriado de 7 de setembro

LUCÉLIA - Lucélia registrou recentemente 7 casos ativos da variante Delta, em moradores locais. Os detalhes sobre essas ocorrências foram apresentados nesta terça-feira (26) pela enfermeira Márcia Regina Vudovix, responsável técnica do Centro de Saúde Lucélia, em uma entrevista ao Jornal do Meio Dia, pela Life FM, de Adamantina.

Ela contou que o município estava vivenciando até o final de agosto um período de baixa incidência de casos da Covid-19, mas o cenário local teve uma mudança significativa depois do feriado de 7 de setembro, muito em razão das circunstâncias decorrentes de aglomerações e visitas de familiares.

Foi esse contexto que permitiu mapear o núcleo da variante Delta na cidade. Segundo Márcia, no período do feriado houve uma reunião de família, na cidade, com cerca de 30 pessoas. ”Algumas vieram de são Paulo e a partir daí se deu essa contaminação, da variante Delta”, conta.

A descoberta dos casos da variante na cidade se deu a partir da remessa dos materiais biológicos para exames pelo Instituto Adolfo Lutz, que por sua vez realiza o sequenciamento genético das amostras positivas em São Paulo. A devolução dos resultados mostrou a ocorrência de 7 casos com a variante.

A enfermeira conta que em relação aos casos foram adotados mesmos procedimentos definidos no protocolo sanitário para a doença, com o isolamento familiar dessas pessoas e o acompanhamento pelos profissionais de saúde. Todos se recuperaram, sem agravamento e sem mortes. “Quero tranquilizar a população que esses casos da Delta não estão ativos. Aconteceram e foram controlados. Não queremos gerar desespero e angustia nas pessoas. Queremos que se conscientizem”, disse.

Márcia destaca que o êxito na recuperação desses pacientes, e na contenção da variante, teve a participação ativa e comprometida dos moradores infectados, em acolherem as orientações e o isolamento. “Esse trabalho trouxe resultados porque tivemos a colaboração de quem estava em isolamento. O comprometimento das pessoas infectadas nos favoreceu para que a gente pudesse controlar uma disseminação maior da variante”, esclarece. “Nesses casos de variante Delta houve muita colaboração”, ressalta.

Marcia afirmou que após a ocorrência desses casos e as medidas de contenção adotadas, sobretudo o comprometimento com o isolamento durante o período da doença, não houve nenhum outro registro da variante na cidade.

Ainda em relação aos 7 casos com a variante Delta, alguns dos pacientes estavam com apenas um dose da vacina.

Depois de um período de quase dois meses sem casos fatais na cidade pela Covid-19, Lucélia teve na última quarta-feira (20) a morte de uma moradora da cidade, que trabalhava na Santa Casa. O caso não tem relação com a detecção das variantes.

VARIANTE TEM DISSEMINAÇÃO MAIOR - De acordo com a enfermeira, os casos de variante Delta apresentam os mesmos sintomas já conhecidos para a doença. Porém, sua disseminação é mais rápida. “A disseminação da variante é mais rápida, é maior. A letalidade, que pode levar a óbito, não é tão grande. Mas a disseminação é muito maior. Acontece com muito mais rapidez”, alerta.

Essa condição exigiu a atenção do serviço público de saúde da cidade. “A gente tinha a preocupação de controlar o mais rápido e com a maior eficiência, para que não houvesse essa disseminação em uma escala maior”, explica. “Hoje estamos numa situação confortável em relação a isso. A gente não soube de mais nenhum caso da variante. E os casos suspeitos bem controlado. Isso não significa que as pessoas devem relaxar”, ressalta.

Ela reafirma o quanto é importante o compromisso daquelas pessoas positivas para o novo coronavírus, em respeitarem o isolamento. Segundo a enfermeira, quando ocorre a constatação são prestadas todas as orientações sobre os cuidados, tratamento e há inclusive a assinatura, pelo morador, de um termo de isolamento. “A gente explica, mas há pessoas que não obedecem. Encontramos no supermercado, por exemplo, aquela pessoa que deveria estar em isolamento”, explica. 

COM 1.150 FALTANTES PARA A SEGUNDA DOSE, ENFERMEIRA FAZ APELO - Na entrevista ao rádio, a enfermeira Márcia Vudovix disse que em Lucélia são cerca de 1.150 moradores faltosos para o recebimento da segunda dose da vacina contra a Covid-19. Não há falta de vacinas e há doses em estoque de todos os laboratórios que compõem o Plano Nacional de Imunização para a Covid-19.

A preocupação da enfermeira é o risco de comprometer a imunização completa dos moradores. “É a segunda dose que vai conferir a imunidade completa. Por isso a gente insiste tanto que as pessoas tomem a vacina”, diz.

Márcia aponta duas possível causas para esse volume de pessoas faltosas. Uma delas é o medo de vivenciarem, novamente, as reações comuns às vacinas, o que pode ocorrer em algumas pessoas. A outra hipótese é a redução dos intervalos entre a primeira e segunda dose, no caso mais recente envolvendo o imunizante Pfizer, que passou a ser de 21 dias (três semanas), pois há pessoas que desconhecem esse intervalo menor e por isso não buscaram o serviço de saúde.

Em relação às possíveis reações, o que pode ocorrer em algumas pessoas, Márcia tranquiliza. “Algumas reações vão existir, para qualquer tripo de vacina. Até as de crianças, de calendário, de rotinas, há anos, dão algum tipo de reação”, diz. No caso das vacinas para a Covid-19, quando ocorrem – segundo ressalta a profissional – costumam ser leves e desaparecem entre 24 e 48 horas.

Essa volume de pessoas sem a segunda dose e a disponibilidade delas, em estoque, acende um sinal de alerta. As vacinas têm prazo de validade, e em especial do fabricante Pfizer esse prazo é menor. “Não queremos perder essas doses de vacinas e não queremos ter que devolvê-las”, diz preocupada. “Estamos numa corrida contra o tempo, implorando que as pessoas colaborem conosco, e se dirijam ao centro de saúde tomar a segunda dose da vacina”, reforça.

Uma das ações do poder público municipal de Lucélia têm sido fazer o contato com os faltosos, por telefone e inclusive indo às residências para aplicação da dose no próprio domicílio do morador, além do uso de carro de som pelas ruas da cidade. “Temos feito essa busca ativa porque sabemos quem está sem a segunda dose, a partir dos nossos registros de vacinação. Quem se recusa, está assinando termo de recusa e assumindo a responsabilidade”, relata a enfermeira.

Márcia compara esse momento com aquele vivido recentemente pelos brasileiros e pelos moradores da cidade, de expectativa pela chegada da vacina. “Tínhamos um desespero enorme pela vacina, a esperança que a gente tinha para sair dessa situação o mais rápido possível. As vacinas estão aí e hoje temos dificuldade em fazer com que as pessoas completem esse ciclo”, desabafa.

VACINAÇÃO E CUIDADOS - Com esse cenário, Márcia destaca que o maior desafio, no momento, na cidade,  tem sido vacinar as pessoas em segunda dose. Ela pede que os moradores compareçam ao centro de saúde para que completem o ciclo vacinal para a Covid-19. “Nosso maior desafio são essas pessoas que não estão querendo tomar a segunda dose da vacina, que é necessária e eficaz”.

Ela também reforça a necessidade de manter todos os cuidados que têm sido vivenciados desde o início da pandemia, como evitar aglomerações e o uso de máscaras de proteção facial. “Mesmo diante de uma condição epidemiológica mais tranquila em relação ao meses anteriores, não podemos descuidar”, diz.

A profissional ressalta que a cidade vinha atravessando um período de redução significativa de casos e maior controle, e de repente, após o feriado do 7 de setembro, com aglomerações e relaxamento das pessoas em relação aos protocolos sanitários, uma nova alta de casos, inclusive com a variante Delta, voltou a assustar.

Nesse sentido, para o dia a dia e diante da proximidade de um novo feriado na semana que vem, no 2 de novembro (finados), ela pede que as pessoas não descuidem das medidas sanitárias. “Estamos numa situação confortável mas isso pode mudar a qualquer momento. Antes de nós termos essa situação pós feriado 7 de setembro, também estávamos num momento muito tranquilo, muito confortável. De repente, num novo feriado, pode ter uma nova explosão de casos”, lembra.

Ao final, ela reforça as orientações, já conhecidas desde o início da pandemia. “Que as pessoas não se aglomerem, usem máscaras e continuem tomando os cuidados de higiene. Os protocolos que estão vigentes desde o início e vamos ter esse cuidado por mais algum tempo”, completou.

Veja a entrevista da enfermeira Márcia Regina Vudovix à Rádio Life FM de Adamantina:




Fonte: Aqui Lucélia

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