Lucélia é a nossa mãe, Baliza a nossa avó, Martinópolis nossa bisavó e Presidente Prudente é a nossa tataravó
Nossa Lucélia - 19.11.2020


Um breve relato sobre a história que envolve as localidades de Lucélia, Baliza, Adamantina, Martinópolis e Presidente Prudente

LUCÉLIA - Nos últimos dias, em uma de minhas idas à terrinha de Presidente Prudente, como sempre faço, acabei adquirindo alguns livros em dos sebos de lá.

Para minha surpresa, acabei encontrando um exemplar do livro: Martinópolis, sua história e sua gente, do Sr. José Carlos Daltozo.

“Acredito que estou preenchendo uma lacuna e deixando para as futuras gerações um relato dos acontecimentos, datas e pessoas que tornaram a cidade o que ela é hoje. Um verdadeiro trabalho de garimpeiro, feito com
muito suor mas também com muito prazer.”

Prefácio do Livro: Martinópolis, sua história e sua gente
José Carlos Daltozo – Junho de 1999


Tiago Rafael: Professor, historiador e gestor ambiental


Vocês devem estar se perguntando: Mas o que isso, tem a ver com a história da terrinha? Pois bem, tudo e mais um pouco! Eu explico.

A algum tempo atrás eu havia lido no livro do Prof. Cândido Jorge de Lima, um trecho de um texto, no qual ele denominava: Baliza é a avó de Adamantina. Achei curioso o referido texto à época e depois acabei entendendo do que se tratava.



O Prof. Cândido, de forma bem humorada, justificava que pelo fato de um dia termos feito de parte do município de Lucélia, enquanto povoado, seríamos filha desta. Já Lucélia, por sua vez pertencia em sua origem ao Distrito de Baliza, ao qual ele denomina de nossa “avó”.

Achei interessante a brincadeira e neste texto resolvi acrescentar a “bisavó” de Adamantina. Logicamente, o município ao qual o Distrito de Baliza estaria subordinado: Martinópolis. E aí que entra o livro anteriormente citado do Sr. José Carlos Daltozo. Mas se quisermos continuar, cabe destacar que, o Distrito de José Teodoro (Martinópolis) era subordinado ao Município e Comarca de Presidente Prudente, a nossa “tataravó”.



É claro que, a ideia de se atribuir uma qualidade maternal aos municípios e distritos, é conforme já citado, uma mera brincadeira. No entanto, isso tudo nos dá uma breve ideia de como ocorreu a colonização dessas regiões. Contrariando em partes, aquela típica visão do sentido “leste-oeste”, como muitos historiadores e geográfos apontam. Ela também ocorreu no sentido norte-sul e sul-norte. Haja vista que, muitos dos moradores de tais localidades adentraram a esta região por meio das Estradas de Ferro da Sorocabana e da Noroeste, aliado ao fato de também já existirem caminhos e estradas já conhecidas que ligavam um espigão ao outro.



Nesse sentido, é aí que entra também parte da minha família e a de muitos conterrâneos, que assim como muitos migrantes nordestinos e mineiros, adentraram a esta região via Rancharia, Martinópolis, Baliza, etc.



Enfim, a história é isto! Num simples livro, adquirido em Presidente Prudente (a nossa tataravó), sobre Martinópolis (nossa bisavó), conseguimos costurar inúmeros pontos de nossa história e problematizá-los, comparando-o com outro texto que fala de Baliza (nossa avó) e Lucélia (nossa mãe). E dessa forma, entender como um dia, nossos antepassados vieram parar aqui.

Tiago Rafael dos Santos Alves
Professor, Historiador e Gestor Ambiental
Membro Correspondente da ACL e da AMLJF



Fonte: Publicado no Siga Mais

Voltar para Home de Notícias


Copyright 2000 / 2020 - All rights reserved.
Contact: Amaury Teixeira Powered by www.nossalucelia.com.br
Lucélia - A Capital da Amizade
O primeiro município da Nova Alta Paulista