Cultivo do urucum pode ser alternativa agrícola e econômica aos pequenos produtores rurais de Lucélia
Nossa Lucélia - 15.10.2016

Um alqueire de urucum pode produzir algo em torno de 5 toneladas

LUCÉLIA - O cultivo do urucum pode ser uma ótima alternativa econômica para os pequenos produtores rurais do município de Lucélia. A proposta para viabilizar o cultivo da planta originária do Brasil foi apresentada em uma reunião, organizada pelo Sindicato Rural de Lucélia, na noite da última quinta-feira (13), no Clube dos Trabalhadores da Vila Renó. Além dos proprietários rurais do município de Lucélia, estiveram presentes na reunião dois palestrantes oriundos da cidade de Monte Castelo. Fizeram uso da palavra Antonio Pereira Neves, da empresa Urucum do Brasil, com sede de monte Castelo e Plínio Péricles Mansin, também de Monte Castelo.

Hoje, o Brasil que é o maior produtor e consumidor de urucum do mundo produz cerca de 13 mil toneladas do produtos, mas está comprando o produto da África devido a escassez interna. Hoje o preço do quilo do urucum em carroço está com um bom preço, alto em torno de R$ 11,00 o quilo. Segundo foi explicado na palestra um alqueire de urucum pode produzir, com sementes e plantas geneticamente melhoradas pela Embrapa do Pará, algo em torno de 5 toneladas. Com o preço nas alturas, plantar urucum pode ser uma boa opção aos produtores de Lucélia. Alias, três produtores do município já plantam urucum, sendo um do bairro Barreirinho e dois do Jardim Novo.

Com a melhoria genética, uma nova planta que pode produzir até 6 toneladas por alqueire e tem uma bixina de até 5.0 é altamente rentável. O mercado está focado no urucum com alta bixina (cor). Urucum com baixa bixina só é interessante para a culinária.

O município de Monte Castelo começou o cultivo do urucum há exatos 30 anos e hoje é o maior produtor do Brasil. O urucum está presente em diversos segmentos da indústria nacional como nos cosméticos, sorvetes, bebidas, lactas, salgadinhos, indústria e farmacêutica. Quando vamos ao mercado muitos produtos que compramos e levamos para casa tem corante natural de urucum. O mercado está necessitando de mais urucum e a adesão ao cultivo deverá ser uma realidade no  município de Lucélia.

Na culinária nordestina o urucum está presente. Quem nunca comeu um franco na panela temperado com colorau, folha de louro, cheiro verde e quiabo? O colorau, um produto do urucum está presente no dia a dia nas receitas da culinária brasileira, mas o poder do urucum transcende a gastronomia e a indústria necessita de mais produto.


Fonte: Marcos Vazniac

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