Profissão de sapateiro resiste ao tempo na cidade de Lucélia
Nossa Lucélia - 11.12.2015



LUCÉLIA - Uma das profissões mais antigas do país, ser sapateiro hoje em dia pode ser considerado uma atividade tipo “últimos dos moicanos”,  mas em Lucélia, a profissão perdura com muitos clientes e fidelidade por parte dos profissionais.

Para Luiz Casimiro (Sura) de 66 anos e João Maran (82) a profissão resiste ao tempo. Ambos trabalham na V8 de Lucélia, onde desenvolvem os trabalhos de fabricação sob medida de sapato, bota, chinelo e nos últimos anos aprenderam a fazer a oficina de ortopedia, onde recebem a receita de um médico e, desenvolvem a sob medida as botas. Segundo Sura, como é conhecido o Luiz Casimiro, por semana a encomenda pode chegar a 15 pedidos de receitas de clientes de cidades como Flórida Paulista, Adamantina, Pracinha, Inúbia Paulista, Osvaldo Cruz e de Lucélia.

O Sr. João Maran começou no ofício desde o ano de 1.950 na V8 e o Sura começou sua atividade profissional  em 1.967. Eles explicaram que na década de 1.970 tinham como funcionários cerca de nove pessoas. Hoje a procura decaiu muito, pois os jovens preferem tudo pronto e não se interessam muito em aprender a profissão.

O trabalho de concerto e de fazer um sapato é artesanal, com couro de boi, que requer trabalho, determinação, e tempo. Como uma obra de arte eles conseguem transformar uma ideia em um sonho concreto. Ser sapateiro requer sensibilidade, pois trabalha com o imaginário de transformar, e de fazer algo novo. Além do couro de boi eles trabalham com pvc e borracha e os trabalho também são dirigidos ao públicos feminino.

O Sr. João Maran disse que em outras épocas recebeu propostas para deixar Lucélia e ir trabalhar na vizinha Adamantina, mas recusou tal oferta feita por um ex-prefeito daquela cidade que era seu cliente assíduo. Outra proposta recusada, foi em meados da década de 1.950 quando um grupo de jovens da recém fundada cidade de Maringá, no estado do Paraná, estiveram em Lucélia, gostaram do seu trabalho e o convidaram para ir trabalhar na pequena Maringá, hoje uma metrópole do norte paranaense.

A profissão esta acabando mas continua firme e forte na determinação desses dois profissionais talentosos. Os sapateiros sempre fizeram parte da história da humanidade. Apareceram no mundo juntamente com a necessidade das pessoas protegerem seus pés das agressões e da dor. Eles sempre foram, até hoje, verdadeiros artesãos.  Pelos registros encontrados a profissão de sapateiro continua sempre em alta no mundo todo e os seus serviços só têm ampliado.


Fonte: Marcos Vazniac

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