Usuário relata situação de abandono no Clube de Campo Max Wirth e Salto Botelho
Nossa Lucélia - 02.10.2015


Clube de Campo está interditado, e agora sob responsabilidade da Prefeitura de Lucélia

LUCÉLIA - O Salto Carlos Botelho o Clube de Campo Max Wirth, às margens do Rio Aguapeí (Rio Feio), em Lucélia, são alvo e reclamações de frequentadores do local, que se posicionam inconformados com a situação de abandono, a degradação das instalações e a falta de contribuição da população.

A reclamação, com relatos e fotos, foi encaminhada ao SIGA MAIS, que por sua vez, procurou as autoridades municipais de Lucélia em busca de explicações, justificativas e providências que possam ser adotadas no local.

Em contato com o SIGA MAIS, Andrey Cíceri, de Adamantina, relatou a situação de abandono das instalações do Clube de Campo, sem qualquer manutenção. E cita também o caso das piscinas, que acumulam água de chuvas, o que pode se tornar um potencial criadouro de vetores, como o mosquito transmissor da dengue, infestando os frequentadores, oriundos de diversas cidades da região.

Fora das instalações do Clube, a área de uso comum e de acesso público, que permite as pessoas chegarem ao rio e à cachoeira, também é alvo de reclamações. “Fora o Clube, o que e de dar dó é o local da cachoeira. Vi muito lixo por lá. Pessoas que fazem churrasco e deixam todo lixo esparramado pelo local. Vi até fraldas de bebê usadas jogadas no meio das pedras. Deu muita dó”, relata Andrey. “Sabe o que é curioso: não tem uma lixeira por perto para fazer o descarte correto do lixo”, questiona. Além do dano ambiental e ao patrimônio público, os riscos também podem atingir as pessoas. “É bem provável que as pessoas corram risco de algum tipo de contaminação descarte errado do lixo”, observa.

Porém, Andrey faz uma observação sobre o comportamento das pessoas que vão até o local, o que se aplica, também, a diversas outras situações. “Se todos os que vão lá trouxessem seu lixo de volta, com certeza deixariam o ambiente mais agradável. O ser humano tem culpa neste ponto”, relata.

Ele sugere que a Prefeitura, principalmente após as chuvas, mande uma equipe para fazer a limpeza do local, no mínimo uma vez por semana. “Frequento o Salto pelo menos uma vez a cada dois meses. Nunca vi nenhuma melhoria no local. Pelo contrário, a cada ano que passa o local está pior”, disse. “Sei que é caso antigo, mas a situação que esta lá só tende a piorar”, prevê. “Acho muito descaso ainda mais nos dias de hoje e com a preocupação ambiental que todos devemos ter”, finaliza.

LIXEIRAS FORAM INSTALADAS EM 2014 E NÃO ESTÃO MAIS NO LOCAL

Procurada pelo SIGA MAIS, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Lucélia respondeu aos questionamentos levantados pelo internauta, o que é um questionamento comum e compartilhado por muitos frequentadores do local.

Segundo informado, em 2014 a Prefeitura, por meio da Diretoria do Meio Ambiente, instalou lixeiras no local, mas hoje não estão mais lá, deduzindo-se que alguns frequentadores do local as subtraíram, permanecendo apenas a lixeira coletiva que atende as residências do loteamento existente nas proximidades do rio. E cita que, infelizmente a população não tem conscientização da importância em conservar o meio ambiente. Ainda de acordo com resposta enviada ao SIGA MAIS, há coleta de lixo, que é realizada semanalmente por funcionários da Prefeitura.

PREFEITURA REASSUMIU ÁREA DO CLUBE DE CAMPO E REALIZA ESTUDOS DE VIABILIDADE TURÍSTICA

A reportagem do SIGA MAIS procurou saber junto à Prefeitura sobre a responsabilidade referente às dependências do Clube de Campo, que ficou por 50 anos sob administração de terceiros, mediante comodato.

Em seu auge, o Clube de Campo realizou shows como de Roberto Carlos e Moacir Franco e se popularizou em toda região, chegando a receber turistas de cidades de regiões vizinhas. Porém, houve uma evasão dos frequentadores, com a consequente queda na arrecadação (receitas), inviabilizando assim a manutenção e investimentos pelos administradores do Clube, sobretudo no atendimento às exigências sanitárias, ambientais, de acessibilidade, seguranças aos frequentadores, entre outras.

Segundo resposta encaminhada ao SIGA MAIS, a assessoria de comunicação informou que em junho deste ano o presidente do Clube de Campo compareceu na Prefeitura para a rescisão amigável do contrato de permissão de uso, que venceu em dezembro de 2014, devolvendo o bem para a municipalidade. “A Prefeitura é responsável apenas pelo terreno onde foi construído o Clube de Campo”, diz a nota.

Ainda de acordo com a assessoria de comunicação, o município tem buscado alternativas para a viabilização do espaço, no fomento ao turismo, e pretende buscar parcerias. Uma delas, em andamento, é um estudo técnico que está sendo elaborado por meio da Faculdade de Turismo da UNESP de Rosana, o que vai permitir um inventário do local e a partir dele, buscar alternativas de viabilização da atividade turística no local. “A partir das informações, a administração municipal tomará as providências legais para destinação da área”, o que sugere a possibilidade de busca de parcerias ou permissão de uso para investidores, ou até mesmo a injeção de recursos púbicos mediante gestões aos governos federal ou estadual.

CLUBE DE CAMPO ESTÁ INTERDITADO PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E PISCINAS RECEBEM BIOINSETICIDAS PERIODICAMENTE<br>
A Prefeitura de Lucélia informou que em maio deste ano a Vigilância Sanitária (VISA) da cidade realizou a interdição total do Clube de Campo “Max Wirth”. A ação foi necessária devido ao fato do local não atender as normas sanitárias, mantendo as piscinas, as instalações prediais e seus entornos em má conservação, colocando em risco a saúde pública. A iniciativa foi tomada após diversas denúncias de populares à VISA, apontando as irregularidades e situação do Clube. A ação ocorreu de forma pacífica e contou com o apoio da Polícia Militar, quando foi determinado o esvaziamento das piscinas. Em reportagem publicada na época, a Prefeitura informou que a equipe de controle de vetores desenvolveria periodicamente ações estratégicas de prevenção e controle de possíveis criadouros de vetores no local.

Em relação às piscinas, a assessoria de comunicação da Prefeitura informou ao SIGA MAIS que as mesmas recebem aplicação de bioinseticida a cada 15 dias, aplicado por funcionários do setor de controle de vetores da Prefeitura, “eliminando larvas em focos de possíveis criadouros de mosquitos da Dengue ou outros vetores”. Por meio da mesma nota é informado que o bioinseticida elimina apenas as larvas de mosquito, e não outras espécies, como girinos.

Segundo a nota, na última terça-feira (29), uma equipe do Controle de Vetores esteve no local fazendo a coleta de água e não foram detectadas larvas de mosquito nas piscinas e possíveis criadouros. 


Fonte: Do Sigamais.com

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