Russos e alemães conviviam de maneira pacífica
Nossa Lucélia - 28.06.2015




LUCÉLIA - Poucas cidades do Brasil tem o orgulho de ter recebido a forte presença da várias nações importantes dentro do processo de colonização, como foi o caso de Lucélia. Um fato ímpar, já que seria a futura cidade de Lucélia recebeu muitos imigrantes que atravessaram mares bravios, fugindo de guerras e perseguições nos seus países de origem, para no meio do mata virgem, enfrentarem doenças tropicais como a malária, leishmaniose visceral, também conhecida popularmente como “doença brava”; a presença de índios e muitos animais perigosos como onças, bugios e diversas espécies de cobras venenosas, para registrar sua presença e contribuir de maneira anônima para a memória coletiva da cidade.

Para a região geográfica que seria o futuro município de Lucélia desembarcaram pelo menos quatro grandes frentes colonizadoras, os eslavos, alemães, japoneses e os suíços. Os eslavos (russos, búlgaros, poloneses, ucranianos); e alguns letos,  thecos e romenos  vindos de José Theodoro (atual Martinópolis), fundaram uma comunidade denominada futuramente Balisa que foi a célula máter de cidades como Osvaldo Cruz, Lucélia Adamantina e outras da região.

Na região próxima ao Salto Botelho, muitos imigrantes acabaram vindo da região de Araçatuba e fixaram na região, criando uma comunidade denominada Nova Pátria. Eram alemães, a maioria oriunda da região de Colônia, que tentavam no meio da selva, construir um núcleo habitacional. Alguns destes alemães eram ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial. Já em 1939, o mundo entra novamente em um conflito armado de proporções apocalípticas.

Novamente, como na Primeira Guerra Mundial, russos e alemães ficaram em trincheiras opostas no velho continente. Mas na região de Lucélia, não havia rivalidade entre os imigrantes russos e alemães. Segundo pessoas que viveram aquele período, disseram que o ambiente entre as duas comunidades era o melhor possível.

Além dos germânicos e russos que construíram comunidades em plena mata virgem, nossa cidade teve o orgulho de ter a forte presença de da contribuição de duas importantes culturas. Os japoneses, que desde o Kasato Maru, primeiro navio com imigrantes japoneses deixaram o país natal com destino ao Brasil. Muitos destes japoneses que aportaram em portos como do Rio de Janeiro e de Santos, acabaram por constituir um importante núcleo em Lucélia. Na região do bairro do córrego dos Macacos e nas proximidades de Pracinha, haviam muitos japoneses que para cá trouxeram a sua cultura, trabalho e seriedade.

Outra imponte contribuição foi com os suíços que também tem um lugar guardado dentro dos corações de todos nós. Os teutos como eram chamados, também contribuíram para a formação da nossa comunidade. Desde que Max Wirth em 1.941 fundou, nas proximidades de Marília, um povoado com 5 mil alqueires, ao qual deu o nome de “Califórnia” e que mais tarde se transformaria na atual cidade de Oswaldo Cruz.

Mas a cidade de Lucélia não é só formada pelas culturas descritas. O que dizer dos portugueses, espanhóis, italianos, sírios-libaneses, judeus e demais nações do mundo, que em maior ou menor grau deram a sua contribuição para formar o “DNA de Lucélia.”


Fonte: Marcos Vazniac

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