Isaura Menin explica motivos da aposentadoria
Nossa Lucélia - 08.05.2024


Isaura detalha decisão. Lesões implicam parada cedo, mas plano de seguir no handebol devolve motivação à ex-pivô da seleção brasileira

LUCÉLIA - A decisão chegou de forma surpreendente, porém teve suas justificativas. E foi sobre elas que a ex-pivô Isaura Menin falou nesta terça-feira (7), pouco depois de divulgar a aposentadoria do handebol aos 29 anos.

Falar das razões da parada cedo passa primordialmente pelas lesões encaradas durante a carreira. O cenário tornou-se responsável por mudanças não apenas no âmbito físico, como também no lado mental.

“Eu já não queria ter iniciado essa temporada jogando. Já estava cansada. Tenho três cirurgias nos joelhos e uma no ombro. Chegava em casa com muitas dores, e o corpo avisa quando é hora de parar. O psicológico também não era o mesmo, eu não tinha mais aquela motivação do início”.

Contudo, seria equivocado pensar que frustração seria a palavra-chave em meio às explicações. O ritmo escolhido por Isaura Menin segue caminho oposto, o da motivação. Para isso, pensar no futuro é algo essencial. Os passos seguintes envolvem muito estudo e a permanência na modalidade, em uma rotina que promete ser tão intensa quanto à de atleta.

Isaura Menin se formará em fisioterapia em dezembro deste ano. Vai seguir na Espanha, onde atuava como atleta desde o começo de 2019 e conheceu o namorado, também ex-atleta de handebol. O último clube defendido por ela foi o Balonmano Pereda, de Santander. A ex-pivô seguirá no Pereda, agora para trabalhar junto às categorias de base.

“Pretendo dividir aquilo que aprendi. Ainda não está definida qual é a categoria com quem vou trabalhar. Termino os estudos em dezembro e, depois, poderei me dedicar ainda mais ao trabalho com a base”.

Ainda antes de dar a largada no trabalho com a garotada espanhola, Isaura Menin planeja viajar ao Oeste Paulista, terra natal. Os pais moram em Lucélia, e a ideia é ficar na região entre o fim de julho e o fim de agosto. Nesse intervalo, outra parte do plano diz respeito a viajar pelo Brasil por cerca de uma semana.

“Sim, ficamos um ano todo fora de casa, então o jeito é aproveitar o máximo ao lado da família. Na volta, a partir de setembro, é pensar nos estudos e no trabalho que será iniciado com a base do clube”.

Por fim, Isaura Menin ressaltou as amizades e oportunidades proporcionadas pelo handebol. Gratidão tornou-se a palavra escolhida para resumir tudo o que viveu desde que deixou o Oeste Paulista, aos 16 anos, em 2011. Até o fato de ter ficado fora dos Jogos de Tóquio, em 2021, em razão de lesão, é apontado como fato superado.

“Doeu um pouco, sim. Mas sempre entendi minhas limitações, a força do nosso grupo, que a concorrência sempre foi grande, de boa qualidade. Sempre fui pés no chão. Disputei um Mundial (do Japão, em 2019), é o sonho de um atleta chegar à seleção, e as Olimpíadas representam ainda mais. Só que sempre caminhei de forma bastante segura. Chegar à seleção foi fruto do trabalho, assim que eu vejo hoje”.

Em Santa Catarina, defendeu o Criciúma e o Concórdia, onde venceu a liga nacional em 2018, antes de seguir para a Europa. A única questão lamentada diz respeito a ter começado tarde no alto rendimento, uma vez que o Oeste Paulista apresenta cenário limitado quanto a evoluir na modalidade. Assim, embora distante neste momento, Isaura Menin disse já ter pensando em um dia voltar de forma definitiva e fomentar o handebol na terra natal.

“Ficam as experiências, as pessoas que conheci, as atletas com quem joguei, tudo isso é o que fica. Tudo isso o handebol me proporcionou. E agradeço, pois sempre fui acolhida, bem recebida por onde passei. O que fica é o agradecimento mesmo”.




Fonte: Paulo Taroco _ Do ge Presidente Prudente



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