Polícia Civil de Tupã prende casal que mantinha mulher grávida e crianças em cárcere privado
Nossa Lucélia - 05.07.2023
Casal se conheceu pela internet; ele trouxe a mulher grávida do Sergipe para mantê-la em cárcere privado; caso pode ter ligações com ocultismo
TUPÃ - A Polícia Civil de Tupã recebeu uma denúncia de que uma mulher grávida estaria sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro e pela dona da casa onde eles viviam. Além disso, a vítima sofreria violência física e emocional.
Mas este é apenas uma parte de uma história triste, violenta e cruel.
Uma equipe de Polícia Civil de Tupã fui até o local e encontrou a vítima com crianças em casa. Ela relatou que estava presa há meses e era obrigada a cuidar das crianças, filhas da dona da residência.
A vítima também afirmou aos policiais que era agredida fisicamente, ameaçada de de morte pelo casal, caso tentar se sair do local.
Outro aspecto macabro da história é que a dona da casa e o companheiro da vítima afirmavam que o filho que ela esperava pertencia aos dois e que matariam a vítima ou a mandariam embora, mas que a criança não ficaria com a mãe.
CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA ERAM FILHAS DA AGRESSORA - No mesmo imóvel moram crianças, filhas da agressora. Os menores disseram que sofriam agressões físicas e abusos sexuais por parte do companheiro da mulher grávida.
O caso veio à tona através de um trabalho investigativo da policial Renata Hipólito da Polícia Civil de Tupã. A policial, ao receber a denúncia, percebeu a gravidade da situação na Rua João Capiotto.
Segundo a delegada Millena Davoli de Melo, que comandou as investigações, quando os policiais chegaram ao endereço, uma criança de 9 anos saiu para atender a equipe policial. Em seguida saiu o autor do crime, companheiro da vítima grávida.
Perguntado sobre sua esposa, o criminoso disse que a vítima estava dentro da casa.
Os policiais, então, entraram no imóvel e viram a mulher sentada em um sofá. Ao lado da grávida estavam duas crianças de 9 e10 anos de idade. Dormindo em um dos quartos se encontrava uma bebê de um 1 ano e 6 meses.
VÍTIMA PEDIU AJUDA PARA SAIR DO LOCAL - Questionada, a grávida relatou que estava presa há dias e queria sair de lá.
A vítima relatou que era mantida em cárcere privado há meses. O marido da grávida conheceu a agressora pela internet. A agressora é mãe das crianças, vítimas também.
Afirmou ainda a grávida que a residência permanecia trancada e era monitorada por câmeras, que registravam se a vítima iria ou não deixar o interior do imóvel.
CASAL VEIO DO SERGIPE - A vítima ainda contou aos policiais que seu companheiro conheceu a agressora através das redes sociais e veio de Sergipe para Tupã, onde teve contato pessoal com mãe das crianças e passou a morar com ela.
Em seguida, o agressor trouxe a grávida para Tupã. Foi quando ela também passou a habitar na mesma residência e a ser mantida presa e obrigada a cuidar das três crianças.
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E AGRESSÕES CONTRA A GRÁVIDA E OCULTISMO - No trabalho de diligências, a Polícia descobriu ainda que o marido da vítima e a dona da casa agrediam fisicamente a mulher grávida. A vítima apresentou escoriação no supercílio, que teria sido provocada pela autora.
A grávida ainda afirmou aos policiais que a agressora seria adepta a uma espécie de ocultismo e que tanto ela quanto o pai de seu futuro filho diziam que iriam matá-la ou a mandariam embora, mas que ficariam com o recém-nascido, assim que ele nascesse.
Ao mesmo tempo em que alguns policiais ouviam a mulher grávida, uma das crianças, a que tem 9 anos pediu pra conversar com os policiais e pediu socorro. Disse que também gostaria de ir embora da casa porque era agredida pela mãe.
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA - Uma outra criança, de 10 anos, também disse que sofreu agressões e que o marido da mulher grávida o molestou sexualmente. A vítima, grávida, confirmou que durante a madrugada a criança de 10 anos foi até ela e ao amanhecer relatou que tinha sido abusada sexualmente pelo homem.
PRISÃO DO CASAL - A dona da casa foi localizada e presa, assim como o sergipano.
O casal de agressores vai responder por cárcere privado e estupro de vulnerável. O caso foi acompanhado pela as conselheiras tutelares na cidade de Tupã.
Fonte: DIG TupãVoltar para Home de Notícias
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