Bugio ameaçado de extinção chama atenção de moradores ao escalar torre de telefonia de 30 metros de altura e invadir casas
Nossa Lucélia - 05.05.2023


Polícia Militar Ambiental foi acionada para acompanhar o caso, em Tupi Paulista, mas concluiu que a captura do animal não é adequada no momento devido a riscos

TUPI PAULISTA - Um bugio (Alouatta sp) tem chamado a atenção de moradores de Tupi Paulista (SP) por conta de sua aparição na zona urbana da cidade, inclusive no topo de uma torre de telefonia celular, de aproximadamente 30 metros de altura, nos últimos dias. A espécie é ameaçada de extinção no Estado de São Paulo.

A comerciante Claudia Mantuanelli de Oliveira, que mora a duas quadras de distância da torre onde o animal tem sido visto, conversou com o g1, nesta quinta-feira (4), e disse que a Polícia Militar Ambiental foi acionada, mas pontuou que "não tinha o que fazer" sobre o caso.

"A vizinha [da torre] ligou para a Polícia Ambiental e eles vieram, olharam e falaram que não tinha o que fazer e que era para não alimentar ele. Ele ficou dois dias nesta torre, lá em cima. Nesta quarta-feira [3], o bugio andou no quintal da mulher, que é vizinha da torre. Depois que começaram a colocar na rede social que ele estava aqui, algumas pessoas comentaram que já faz quase um mês que o animal está aqui em Tupi, e ninguém faz nada", explicou Claudia.

A fisioterapeuta Joisiany Ceber Anselmi, que também é moradora da cidade, confirmou que o animal surgiu em Tupi Paulista há um mês.

"Já tem um mês que ele está sendo visto. Ele estava sendo visto no Jardim Primavera e, agora, ele está nesta torre. Durante o dia, pelo jeito, ele está dormindo, porque a gente não consegue achar ele. E, à noite, de tardezinha, ele já começa a aparecer”, disse Joisiany ao g1.

Joisiany disse que, nesta quinta-feira (4), o bugio estava na casa de uma conhecida dela, em cima do muro, mas o animal, em questão de segundos, saiu do local. Ela ainda citou a preocupação das pessoas com o primata.

“As pessoas estão preocupadas com ele subindo a torre e acontecer algum acidente. A nossa preocupação é ele passar por algum transtorno, se assustar, se estressar, ser atropelado, algo do tipo", completou.

AMEAÇA DE EXTINÇÃO - A espécie, do gênero Alouatta, faz parte de uma família de primatas que está ameaçada no Estado de São Paulo devido a "grandes intervenções ambientais", de acordo com o biólogo, especialista em gestão ambiental, professor e fotógrafo de natureza Helder Telles Stapait.

Nestas circunstâncias, o especialista pontuou que o animal "oferece riscos devido à extrema proximidade com a população em área urbanizada".

"Estes animais são silvestres, selvagens, que estão em busca de lugares e condições para se estabelecerem. O motivo de ele estar aí, nesta área urbanizada, pode ser uma altíssima supressão de áreas verdes. Uma intervenção na área de preservação ambiental, florestas, qualquer fragmento de mata onde o bando possa estar estabelecido", argumentou ao g1.

O professor também citou que, em determinados casos, o grupo pode "expulsar um indivíduo, que vai se aventurar em novas regiões e pode ser que ele adentre em áreas urbanizadas".




Fonte: Rodrigo Marinelli _ g1 Presidente Prudente

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