Professora é impedida de trabalhar em Adamantina após manifestantes bloquearem a rodovia SP-294 em Tupã com pneus em chamas
Nossa Lucélia - 01.11.2022
Protesto ocorreu na tarde desta segunda-feira (31). Ieda Borges, de 56 anos, contou que trabalha como professora em Adamantina (SP) e leva cerca de uma hora e 15 minutos para chegar ao local
REGIÃO - Uma professora foi impedida de ir ao trabalho após manifestantes bloquearem a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), próximo ao quilômetro 524, com pneus em chamas, em Tupã, no interior de SP. O protesto ocorreu na tarde desta segunda-feira (31).
Ao g1, Ieda Borges, de 56 anos, contou que trabalha como professora em Adamantina (SP) e leva cerca de uma hora e 15 minutos para chegar à cidade pela rodovia. Por isso, saiu de casa por volta das 16h30, com o objetivo de ministrar a aula às 19h20.
Na rodovia, encontrou com os manifestantes exaltados que protestavam contra o resultados das urnas, após a derrota do candidato Jair Bolsonaro (PL). No local, segundo ela, apenas ambulâncias e veículos com idosos ou crianças são autorizados a passar.
"São intolerantes, não estão abertos ao diálogo e agressivos na fala. Tentamos falar com um policial, mas ele disse que poderíamos passar. Só não garantia a nossa volta para nossa cidade. Os manifestantes jogaram bambu na pista para impedir o retorno", lembra.
Segundo Ieda, o sentimento no momento é de frustração e tristeza. "Enquanto cidadã brasileira, o sentimento é de tristeza, nós temos o direito de ir e vir, mas eu não consegui fazer meu trabalho. Estamos prejudicados por um grupo de pessoas intolerantes. Não imaginei que isso fosse acontecer", comenta.
Ainda com esperança de ir ao trabalho, a professora explicou que tentou dialogar com um manifestante, que informou que só parariam o protesto após o discurso de Jair Bolsonaro e com a intimação da Justiça.
"O manifestante disse para mim 'só quando o presidente falar, vocês não doutrinaram online? Então façam online de novo'. Eu fiquei muito triste porque a gente deu aula online só porque estávamos no meio de uma pandemia", lamenta.
A professora ainda disse que conseguiu retornar com destino a Marília (SP), onde mora, antes de os manifestantes jogarem os bambus na pista.
Fonte: Desirèe Assis _ g1 Bauru e MaríliaVoltar para Home de Notícias
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