Quadrilha do golpe dos precatórios age região
Nossa Lucélia - 05.04.2022


Em Adamantina, um funcionário público estadual, que também pediu para não ser identificado, passou por essa experiência e contou que quase caiu no golpe

REGIÃO - O Fantástico apresentou no último domingo (03), a forma como a quadrilha de estelionatários está agindo para aplicar golpes em ações de precatórios.

Ações de precatórios são ações judiciais contra municípios, estados ou União, que a Justiça já decidiu a vitória do cidadão, não cabendo mais recursos. Muitas vezes, são indenizações altas e podem levar anos a serem pagas.

Em entrevista ao Jornal Impacto, o delegado seccional de Adamantina, Carlos Roberto Vasconcelos, diz que “os criminosos se apresentam como advogados (e muitas vezes utilizam nomes de profissionais estabelecidos) e acabam ganhando a confiança da vítima por saberem detalhes da ação judicial. Todavia, a vítima deve desconfiar sempre dessas ligações. Quando lhe oferecerem tais propostas, ela deve inicialmente ligar para o escritório cujo nome lhe foi passado para confirmar a ligação.  Em seguida, consultar o próprio advogado da causa e obter referências. Em suma, se inteirar por completa dessa junta de advogados”, alertou ele. 

Os criminosos tentam obter confiança da vítima e conseguir cobrar para “supostamente”, liberar o pagamento da indenização. Esse tipo de golpe vem afetando os profissionais sérios, e pode causar problemas graves na vida pessoal e financeira das vítimas. 

De acordo com Carlos Roberto, foi registrado até agora apenas um golpe em nossa região, cuja vítima solicitou reservas com seus dados. Ela sofreu um prejuízo de R$ 7.900.

Em Adamantina, um funcionário público estadual, que também pediu para não ser identificado, passou por essa experiência e contou que quase caiu no golpe. 

“Fui procurado por uma mulher, se passando pela secretária da minha advogada. Acreditei, pois ela me enviou via whatsapp todos os dados do meu processo, meu nome completo, CPF, nome da mãe, inclusive o valor que tenho a receber. Fiquei feliz, pois esse dinheiro chegaria em uma boa hora. Não desconfiei de nada, e ela me pediu o valor de R$ 4.790,80 para liberar meu dinheiro. O que me salvou foi eu não ter esse dinheiro em conta. Acredito que se tivesse esse montante, eu pagaria, pois, mesmo com a minha causa ganha, vai levar uns bons anos ainda para receber”, relatou o homem. 

Ele conta ainda que passou a desconfiar após observar o DDD do número do telefone que os golpistas usavam, uma vez que o contato da sua advogada é com DDD 18. 

“Imediatamente entrei em contato com minha advogada, e ela me disse tratar-se de um golpe. Ainda bem que pensei em ligar para ela. Eles conseguem enganar direitinho. Se não tiver um pouco de desconfiança cai mesmo”, pontuou ele. 

O funcionário público que quase foi uma vítima forneceu os diálogos que teve com os golpistas. 

O delegado salientou ainda, que é fundamental que a vítima procure a polícia se tiver dúvidas. “É recomendado procurar uma Delegacia de Polícia para mais informações e esclarecimentos. Saber de onde a ligação partiu também é um indicativo do crime, como ligações com DDD de fora do Estado ou da região em que mora”, finalizou.


Fonte: Elaine Sampaio / Impacto Notícias

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