Magic Paula, a osvaldocruzense e ícone do basquete brasileiro, completa 60 anos
Nossa Lucélia - 12.03.2022


Nascida em 11 de março de 1962 em Osvaldo Cruz-SP, ex-jogadora fez história com a seleção brasileira, conquistando o Pan de Havana 1991 e a Copa do Mundo da Austrália 1994

ESPORTE - Quando se fala em basquete feminino do Brasil um dos primeiros nomes que vêm à mente é o dela. Nascida na pequena Osvaldo Cruz, interior de São Paulo, Maria Paula Gonçalves da Silva, a Magic Paula, escreveu o seu nome na história ao ser uma das protagonistas da equipe que conquistou o Pan de Havana 1991 e a Copa do Mundo da Austrália em 1994.

Parceira de Hortência e Janeth na seleção, Paula completou 60 anos nesta sexta-feira, dia 11 de março de 2022. Ao fazer um balanço da carreira, ela surpreende ao eleger o momento mais marcante.

“O Pan de Havana não foi a conquista mais importante, mas é o que todo mundo lembra. Aquela cena do Fidel Castro, onde houve uma quebra de protocolo, foi muito marcante, inesquecível*. Não vou discutir governos, mas a gente só teve a noção do que aconteceu quando voltamos ao Brasil. Não foi o título mais importante, mas foi o mais marcante”, disse Paula em entrevista ao Grande Círculo em 2021.

* No Pan de Havana, em 1991, a seleção brasileira feminina foi tietada pelo presidente Fidel Castro na entrega de medalhas no pódio da competição, após uma campanha espetacular que terminou com o ouro conquistado sobre a equipe da casa.



Praticante de basquete desde os oito anos de idade, Paula deixou a casa dos pais aos 12 e aos 14 já estava servindo à seleção brasileira adulta após destacar-se pela equipe do Colégio Divino Salvador de Jundiaí-SP. Com a camisa verde-amarela, Paula encontrou Hortência com quem travava grande rivalidade em competições de clubes.

“Eu falo que as nossas disputas transcenderam a quadra. A gente jogava em Sorocaba escoltada pela polícia. Quando elas iam a Piracicaba, era a mesma coisa. Eu encontrava gente que falava "eu torço por você, mas o meu pai torce para a Hortência". Meu pai ia às vezes ao ginásio para xingar a Hortência. Uma vez ele colocou o nome de uma galinha do nosso sítio de Hortência. Eu perguntei o que é isso? Ele falou que era porque ela era a que botava mais ovos”, contou Magic Paula.

Apesar da rivalidade, as duas viraram grandes parceiras de seleção, vivendo o auge entre 1991 e 1996, ano em que a dupla levou o Brasil à medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta. Ao lembrar da conquista da Copa do Mundo de 1994, Paula exalta a evolução do time em reação ao Mundial anterior.

“Às vezes eu fico pensando... como a gente parte de um 10º lugar no Mundial anterior para um titulo? É mudança de filosofia e comportamento. Os clubes abraçaram o projeto, todo mundo dando ênfase aos treinamentos. Construímos o potencial de cada uma, unindo parte técnica e tática”, ressaltou.

Magic Paula encerrou a carreira em 2000. Em 2004, ela fundou o Instituto Passe de Mágica, uma ONG com o objetivo de desenvolver atividades de esporte educacional, oferecendo a prática do basquete e diversas atividades complementares a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Em 2006, Paula passou a integrar o Hall da Fama do Basquete Feminino, em Knoxville, nos EUA. Já em 2013 a homenagem veio no Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (FIBA), em Genebra, na Suíça.

“Nenhuma das minhas conquistas seria possível sem meus pais que me encorajaram. Eu tinha o sonho de jogar basquete pelo meu país. Nunca imaginei que um dia eu seria homenageada pela FIBA, a maior entidade do basquete. Gostaria de agradecer minhas companheiras de equipe, meus técnicos e todos do Brasil que me ajudaram e apoiaram”, concluiu a jogadora.




Fonte: Do ge

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