Sambambas

Na década de 60, Os Sambambas projetou modestamente o grande nome de Lucélia a ser conhecido em várias cidades da nossa região e também do estado como Penápolis, Araçatuba, Santo Anastácio e fora do estado como Vila Piloto (MT), e outras grandes cidades do Brasil.

Pela iniciativa do jovem Flávio José Di Stefano, luceliense de coração, começou a tomar forma um modesto conjunto musical de precárias condições. Um velho violão elétrico, um piano desafinado e emprestado, uma bateria, foram os instrumentos que nos seus parcos recursos, produziram os primeiros acordes desafinados e desentrosados, comandados pelo único instrumento de primeira categoria, o sax era a batuta do Flávio, Wagner na bateria, Cláudio no violão elétrico, Walter ao piano, todos músicos sem nenhuma experiência e tarimba, eram os fabricantes de barulho. Unicamente, Flávio, jovem, mas que era veterano de várias orquestras, entendia do assunto e procurava transformar o barulho em melodia.

Uma das grandes promoções dos Sambambas que contou
com a presença de Luiz Aguiar nas comemorações do 2º aniversário do conjunto

Movidos pelo grande ideal que é a música, continuaram freneticamente a ensaiar, com o único apoio e incentivo da Professora de música, Sta. Maria Zilda Ziliotti, que nos cedera sua sala e seu piano, portando-se como verdadeira mecenas da música.

Mas, a sorte não era propícia ao conjunto, pois o mesmo necessitava de instrumentos novos e modernos, e de outros elementos, para tornar mais melódica e harmoniosa, a sua música. Depois de seis meses de ensaio, houve finalmente o grande golpe da sorte, foi a dissolução do conjunto de Pacaembu, pela falta de recursos, e conseqüentemente a aquisição de dois de seus elementos, Dito, contrabaixista dos melhores, e Django, guitarrista emérito, assim como os modernos instrumentos do conjunto, como bateria, guitarra elétrica, contrabaixo, microfones, amplificadores, etc.

Começou então a se projetar modestamente, este conjunto, que levava o grande nome de Lucélia a ser conhecido em várias cidades, como Adamantina, Pacaembu, Penápolis, Araçatuba, Santo Anastácio, Vila Piloto (MT), Rinópolis, e outras grandes cidades.

Uma das composições do grupo

Em meados de 1967, houve uma reformulação completa em seus instrumentos e elementos; O conjunto adquiriu então um moderno órgão eletrônico, guitarras modernas, aparelhos de som, num valor aproximado de 6000,00. Wagner e Jango afastaram-se, sendo substituídos por Diógenes e Caculé.

Apareceram então outros músicos que formaram o conjunto “Os Canibais” que se especializaram em iê iê iê. Jorge, Seitio, Roberto, Milton, foram os seus elementos.

Novas compras se sucederam: um moderno órgão, aparelhos modernos, completando assim um patrimônio de Ncr$ 15.000,00.

Outro grande mérito também foi alcançado, pois com o exemplo de “Os Sambambas” fora formado na região, outros modernos conjuntos, como Os Vibrantes, Os Flintstones, Os Solfas, Os Falcões, Os Geniais, que sempre permanecerão, graças a um grupo de jovens, que foram a mola propulsora do movimento musical na Alta Paulista.

Através do portal Nossa Lucélia, internautas lucelienses têm se manifestado a respeito da preservação da memória da cidade.

Da Redação - É o caso do luceliense Claudio Takara - era conhecido em Lucélia como "Chuby" - que nasceu e morou nesta querida cidade até o ano de 1968. Foi participante na década de 60, das bandas "OS SAMBAMBAS" e "OS CANIBAIS".

Ele ressalta ao Nossa Lucélia, a importância que foi a cidade ter um cidadão como o Flávio José Di Stefano (o Flavião), que em todas as cidades que a banda se apresentava, fazia questão de divulgar o nome de Lucélia.

Claudio diz ainda: "O Flavião era tão figura, que na época, nós (os amigos), achávamos que ele era louco. Só depois de longa data percebemos que o cara estava muitos anos à nossa frente, artisticamente falando".

Hoje Claudio Takara, continua no mundo musical juntamente com os filhos. Em comum além do gosto pela música, a família tem um estúdio denominado "El Rocha", que os três irmãos (Daniel, Fernando e Maurício) comandam com o pai Claudio Takara.

Saiba mais sobre El Rocha, o estúdio de Claudio Takara (Chuby)

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