|
|
LUCÉLIA
Autoria de MARCONDES VERÇOZA – 1967
Homenagem do autor a nossa cidade de Lucélia. Poesia publicada em 1967 com patrocínio da Prefeitura Municipal de Lucélia.
Colaboração de Marcos Antonio Vazniac
LUCÉLIA! de heróis e bravos,
dos russos e dos eslavos
que vieram ter à região...
De Baliza e de Água Grande,
onde nasce, onde se expande
nossa colonização...
LUCÉLIA! de João Arruda
que, em meio à mata troncuda,
levanta achoça primeira...
Daquêle homem valente
que, num labor permanente,
foi dilatando a clareira...
LUCÉLIA! eterna e bendita,
de Luiz Ferraz de Mesquita,
que adentra o nosso sertão...
Do moderno bandeirante
que, neste solo distante,
funda a nova povoação...
LUCÉLIA! que quer dizer
"LUZ DO CÉU", soube vencer!
De tudo que aqui se fez:
da singela Capelinha,
que em meio às choças se aninha,
do padre Gaspar Cortez!
LUCÉLIA! de mil encantos,
de pitorescos recantos...
É como um límpido espelho,
que as paisagens reflete:
da Repreza do Pozzetti,
do Salto Carlos Botelho...
LUCÉLIA! lá de Pracinha,
que é um distrito que tem linha!
Do rebojo dos Marrecos...
dos progressistas povoados,
muito bem aquinhoados:
Mil Alqueires, Três Butecos...
LUCÉLIA! que tem quem gabe:
da chacra do Watanabi,
das poncãs que a gente prova...
Do sítio do seu Tissoca,
que produz milho e mandioca...
Da granja do João Canova!
LUCÉLIA! que se irradia,
das vilas de Rancharia,
Reno, Caíres, Lucelinha...
De muitos bairros do povo:
Pito Aceso, Jardim Novo,
Macacos, Pé de Galinha...
LUCÉLIA! que não dá trégua,
lá no córrego da Égua...
Da turminha que se expande
nas madrugadas sadias,
das alegres pescarias
do ribeirão da Água Grande...
LUCÉLIA! de alma elavada:
da Matriz inacabada;
da Padroeira tutelar,
que é a Sagrada Família,
em permanente vigília!
Do padre Francisco Mahr!
LUCÉLIA! que é nosso orgulho
da praça 9 de julho,
tão bonita mesmo assim...
Lá na Fonte Luminosa,
sonora, ativa, garbosa,
bem no centro do jardim...
LUCÉLIA! que tem conforto:
do iluminado Aeroporto,
que, como uma longa esteira,
se desdobra em bela pista...
do pontilhão da Paulista,
da saída da pedreira...
LUCÉLIA! de fino escol:
do seu Nico da "Compol",
do Carlão bom professor;
do Dr. Sérgio famoso,
do Lahir sempre atencioso,
do Lentini contador...
LUCÉLIA! que tem quilate:
do Morales Alfaiate,
do seu Takei vereador;
do Bibi da C.C.E.,
do Bidu do I.B.G.E,
do Peninha locutor!
LUCÉLIA! do seu Rapácci,
das bebidas de alta classe;
da turma que toma wisky...
Da Ford do seu Pozzetti!
lá do 0-0-7
da Mercedes do Demiscki...
LUCÉLIA! dos Pernomian;
do Humberto sempre galã;
do João Chiarelli otimista;
do Aristides da Tilibra,
que conta a anedota e vibra...
Do Abdias do Hotel Paulista!
LUCÉLIA! do povo ordeiro:
do Cine do Zé Mineiro!
Do povo que adora os parques...
do constante burburinho
da farmácia do Antoninho,
da padaria do Marques...
LUCÉLIA! que luta e pula:
do nosso Chico Caçula,
que nos traz a novidade...
Das rodas do Cine Bar,
onde se vai comentar
as coisinhas da cidade...
LUCÉLIA! que eu admiro:
do bazar do Yamashiro,
do nosso Manuel Barbeiro;
das carnes do Donatoni,
da mercearia Baroni,
do Kióchi Móri doceiro...
LUCÉLIA! do João Pomposo,
que é o gerente habilidoso
dos telefones locais...
Do restaurante do Ikeda!
Da turma que rasga seda:
do Rossini dos jornais...
LUCÉLIA! do rebolado,
do buteco do Cunhado...
Do Acácio que espalha a nota!
Do Rosso do bilhetinho...
Da charanga do Joãosinho;
do grande bazar do Jota...
LUCÉLIA! do Mane Prego...
Do popular Galo Cego,
do compadre Salvador,
dois charreteiros famosos!
Do Clube dos Mentirosos,
que tem gente de valor...
LUCÉLIA! que é um desatino:
do Boche do Bernardino...
Do Posto do seu Salim!
Do Dito que imita tudo...
Do craque Tião Cabeludo!
Da oficina do Cusin...
LUCÉLIA! que a gente quer:
do Rosca que é bom chofer;
do Sambambas do Flavão...
Do tal baile do Rebôlo,
Que sempre termina em rôlo,
na Panela de Pressão...
LUCÉLIA! de tom faceto:
do "barzin! Do Antônio Preto,
sempre repleto de gente...
Da efervescência diária
lá da Estação Rodoviária
- a popular "Bôca Quente"...
LUCÉLIA! lá da Palhada,
que é uma região "conflagada",
na rua de Bauru...
Do buteco do Celeste,
de muito cabra da peste
que sempre faz sururu...
LUCÉLIA! do seu Rufino,
pinguço desde menino...
Do Zé Pintor que, em verdade,
pinta o sete na cachaça...
Da dona Cármen (que graça!)
- "proprietária da Cidade"...
LUCÉLIA! linda Cidade,
com vinte e oito anos de idade,
que em seu labor tudo vence!
Minha terra progressista,
que orgulha a gente Paulista,
que honra o povo Luceliense!
© Copyright 2000 - 2016. All rights reserved.
Contact: Amaury Teixeira Powered by www.nossalucelia.com.brLUCÉLIA
O primeiro município da Nova Alta Paulista