Servidor iacriense 'surta' e agride prefeito e assessores
Nossa Lucélia - 18.02.2012



ARCO-IRIS - Sebastião Amaral, assistente administrativo, ocupante de cargo comissionado, há cerca de sete anos era o responsável pelo abastecimento da frota da Prefeitura de Arco-Íris. Com o objetivo de conseguir um cargo efetivo, ele prestou o último concurso para motorista. O resultado foi publicado na terça-feira.

Depois de ver o resultado e saber que estava classificado apenas em quinto lugar, Amaral foi até o Paço Municipal. Pouco antes das 11 horas, muito alterado, ele já adentrou o prédio xingando e ofendendo a todos. Não contente, invadiu a sala do secretário Municipal de Governo, Everton Nakashima, que estava participando de uma reunião com o prefeito de Arco-Íris, José Luiz da Silva.

Assim que viu o prefeito, Amaral o empurrou violentamente contra uma mesa, que chegou a quebrar. Depois, partiu para cima do secretário de Governo, que foi agredido e recebeu uma mordida no braço. “Ele quase arrancou um pedaço do meu braço. Nunca vi uma mordida tão forte. O sujeito parecia totalmente transtornado, fora de si. Nunca tinha visto uma coisa dessas”, disse Everton.

Percebendo a confusão, a secretária Municipal de Administração, Gislaine Tersi da Silva Gabriel, chegou na sala para ver o que estava acontecendo. Acabou levando também um empurrão, teve problemas de pressão e teve de ser socorrida.

Com ferimentos na perna, resultantes da agressão, o prefeito José Luiz inicialmente não pretendia falar sobre o assunto e muito menos tomar providências, entendendo que já tem muitos problemas no município para resolver. Também o secretário de Governo seguiu o mesmo raciocínio. Como medida punitiva, Amaral foi de imediato exonerado, uma vez que exercia cargo comissionado.

Mas, depois de contatos com familiares e outros assessores, foi aberto um inquérito policial. Na tarde de ontem, o prefeito José Luiz e Everton Nakashima passaram por exame de corpo de delito.

O objetivo é apurar tudo o que aconteceu. “Pelo pouco que entendemos, em meio à confusão, é que o servidor teria ficado exaltado com o resultado de um concurso promovido pela Prefeitura, do qual ele teria participado. Neste caso, nem o prefeito e nem ninguém aqui tem alguma coisa a ver com o resultado. Para isso, foi contratada uma empresa, a Cemat Concurso, da cidade de Júlio Mesquita, que é especializada no assunto. O que interessava ao município neste caso era apenas escolher, entre os candidatos inscritos, aqueles mais qualificados para as vagas oferecidas. Nada mais do que isso”, argumentou Nakashima, acrescentando que nem sabia que o resultado já tinha sido postado na internet.

Everton destacou ainda que a decisão inicial do prefeito envolvia apenas as agressões sofridas, mas diante do motivo alegado, de que o concurso teria privilegiado alguém, foi aberto inquérito para que Amaral prove tudo o que alegou. “O objetivo do prefeito é deixar claro a lisura do concurso. Não pode haver a menor dúvida que seja. Se isso acontecer, vamos cancelar tudo e punir eventuais responsáveis, em respeito a todos que prestaram as provas”, sustentou. “O prefeito foi taxativo nesse sentido, para que jamais paire qualquer dúvida em relação ao assunto”, concluiu.


Fonte: Diario de Tupã


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