Câmara de Flórida Paulista rejeita novo contrato com a Sabesp
Nossa Lucélia - 16.03.2010



FLÓRIDA PAULISTA - Na última segunda-feira (8), a Câmara Municipal de Flórida Paulista colocou em votação o Projeto de Lei de autoria do prefeito Wilson Fróio Júnior dispondo sobre a concessão dos serviços de água e esgoto a Sabesp. O projeto polêmico foi protocolado pelo prefeito Fróio no mês de agosto do ano passado, sendo que no mês de outubro ocorreu a audiência pública para discutir o novo contrato de concessão com a Sabesp.

No mês de dezembro a pedido de vereadores o Projeto foi retirado de pauta para melhores estudos e somente agora foi colocado em votação. Apesar de todo este tempo, a maioria dos vereadores vinham se manifestando contrários ao novo contrato sem garantias da empresa em oferecer recursos financeiros para melhorias na cidade em troca dos serviços que serão para mais 30 anos de concessão, a exemplo do que vem ocorrendo com outras cidades.

Após ser lido o projeto foi colocado em votação na última segunda, ficando empatado em quatro vereadores a favor e quatro vereadores contrários ao novo contrato. Votaram a favor do novo contrato os vereadores Luiz Carlos Lensi (PDT), Olésio Ferrarezi (PDT), Donizeti dos Santos (PTB) e José Carlos Rodrigues Benite “Tripa” (PSC). Votaram contrários os vereadores: Auro Mendes (PSDB), Neide Aléssio Camacho (PV), Silvano Marcos Crepaldi “Xuxa” (PV) e José Donizete Guerlandi “Zé do Ico” (PTB). Com o empate em quatro contra quatro, o presidente da Câmara, vereador Almir José de Souza “Miro” teve que desempatar, onde votou também contrário ao novo contrato, sendo portanto rejeitado o Projeto para a concessão dos serviços de água e esgoto para a Sabesp.

VEREADORES EXPLICAM DECISÃO

Nossa reportagem procurou o presidente da Câmara, Miro para explicar qual a razão do voto contrário e ele afirmou que não poderia votar a favor, pois como é de conhecimento de todos a Sabesp vem oferecendo dinheiro e outros benefícios para vários municípios para um novo contrato, porém em Flórida Paulista nada foi oferecido de concreto, apenas a sinalização de que poderia ser liberado através do governo do estado uma verba para infra-estrutura no Distrito Industrial. “Sem nenhuma garantia que o dinheiro seria liberado é muito difícil, por um contrato de 30 anos, por esta razão acho que devemos estudar melhor e buscar os benefícios para o município a exemplo que outras cidades vem conquistando”, frizou.

Miro ainda ressaltou que não é contra a Sabesp e fez questão até de elogiar a empresa no tratamento principalmente da água servida a comunidade. Também em conversa com a reportagem o vereador Silvano Marcos Crepaldi “Xuxa” que também votou contra afirmou que não é contra a Sabesp, porém a empresa deveria mostrar garantias do que seria dado em troca para o novo contrato a exemplo das outras cidade como Adamantina e Osvaldo Cruz. “A Sabesp terá lucro e será um contrato longo de 30 anos que depois não tínhamos como voltar atrás, portanto é melhor sentar e estudar a melhor forma de garantir a concessão do serviço e o que será fornecido a comunidade em troca da concessão”, falou.

O QUE FOI PEDIDO

De acordo com informações obtidas pela reportagem, o prefeito Fróio havia reivindicado a Sabesp em troca da concessão, recursos financeiros em torno de R$ 500 mil para a realização de obras de infraestrutura na nova etapa do Distrito Industrial na entrada da cidade. A empresa em dinheiro nada garantiu, entretanto sinalizou que poderia ser liberada a verba via Casa Civil do Governo do Estado com a interferência da Secretaria de Energia e Saneamento do Estado, pasta responsável pela Sabesp. “A Sabesp afirmou que o recurso poderia ser liberado, porém nada foi constado em contrato e não foi dada nenhuma garantia”, afirmou o presidente da Câmara Miro.

OUTRAS CIDADES

O que realmente gerou controvérsia foi a forma de negociação com a Sabesp uma vez que para outros municípios como Adamantina onde estão sendo negociados entre recursos e projetos mais de R$ 5 milhões e Osvaldo Cruz onde foi liberado em torno de R$ 4 milhões segundo os prefeitos destas cidades.

De acordo com os vereadores como seria difícil explicar para a população a diferença de tratamento. Pelo que os próprios vereadores afirmaram ninguém questiona os serviços prestados pela Sabesp porém a forma de negociação gerou toda a polêmica e acabou sendo rejeitado o Projeto.

E AGORA

Agora a negociação com a Sabesp volta tudo a zero e a empresa apesar de não ter a concessão ainda poderá continuar prestando serviço normalmente através da prorrogação do atual contrato.


Fonte: Da Folha Regional

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