Epidemia da dengue está fora de controle em Tupã
Nossa Lucélia - 25.02.2010



TUPÃ - Dos 28 exames de dengue divulgados na última segunda-feira pelo laboratório regional do Instituto “Adolpho Lutz”, 15 deram positivos (13 autóctones e dois importados). Tupã enfrenta a quinta epidemia da doença e contabiliza 86 casos, sendo 82 autóctones e quatro importados. A disseminação do vírus já está fora de controle na cidade.

A diretora de Vigilância em Saúde, Vânia Perez Zorato Oliveira, informou que até ontem 131 pessoas aguardavam o resultado dos exames para confirmar ou não a doença. “Até terça-feira, Tupã tinha registrado 274 notificações”, disse. Neste caso também, o número de suspeitas explodiu. Não é possível ainda prever a situação em março, quando deve ocorrer o auge da epidemia.

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito “Aedes aegypti”, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e consequências como a morte.

Segundo Vânia, o vírus que circula em Tupã é o DEN-1, que apresenta quadros leves da doença. No entanto, existem pessoas que podem ser picadas pelo mosquito “Aedes aegypti”, têm o contato com o vírus e não apresentam os sintomas da doença. Por isso, o município corre o risco de não conhecer a verdadeira dimensão da transmissão. É possível que a circulação do vírus seja muito maior do que se imagina.

Na última epidemia, registrada em 2007, o vírus DEN-3, considerado mais forte, era o que circulava em Tupã. Apesar do vírus 1 apresentar um quadro leve, Vânia ressaltou que pode haver casos mais graves por causa da história de epidemia de Tupã e das condições individuais. “Cada um precisa fazer sua parte para combater o Aedes”, disse.

Diante do avanço da doença em Tupã, a Sucen iniciou uma pesquisa para verificar se o mosquito está resistindo ao inseticida aplicado nos bairros onde há casos de dengue. Além de Tupã, outras cidades da Alta Paulista, como Adamantina, Flórida Paulista, Lucélia, Osvaldo Cruz e Rinópolis, também registram transmissão de dengue.  



Fonte: Do Diário de Tupã

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