Líderes do MST diz que liminar não inibe mobilização e continuam acampados em Salmourão
Nossa Lucélia - 17.02.2010
SALMOURÃO - A Justiça de Tupã proibiu dissidentes do MST de invadirem a Fazenda Bandeirantes, em Salmourão, região da Alta Paulista, sob pena de prisão. A liminar foi dada em ação de interdito proibitório, medida jurídica de proteção à propriedade, movida pelos donos da fazenda.
A propriedade é uma das 63 áreas que integrantes dos grupos ligados ao líder dissidente José Rainha Júnior escolheram para acampar, no chamado “Carnaval Vermelho”. A mobilização envolveu cerca de 5 mil sem-terra. Na Bandeirantes, eles ergueram barracos e fincaram a bandeira do MST. Estenderam ainda uma faixa com os dizeres: “Esta fazenda pertence à reforma agrária”.
Mais de 200 famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam no fim de semana parte do acostamento da vicinal Antônio Gonçalves de Castro, em frente à fazenda Bandeirantes, a 10 quilômetros de Salmourão.
A ocupação foi feita pelo acampamento Adão Preto, liderado por Zé Rainha e administrado por Márcio Takashi, Marina Belinello, Daniela Donizete Vitalino e Gerúncio Vitalino da Silva Filho, mais conhecido como Sula.
“Nós estamos aqui em paz, não temos armas e nem pretendemos invadir as terras, só após um pronunciamento da Justiça, declarando as terras como improdutivas. Também não destruímos nenhuma cerca e não matamos nenhum gado, não vamos destruir o que um dia poderá ser nosso e de nossos filhos”, disse Takashi.
De acordo com os líderes, a liminar não inibe a mobilização do MST. Eles continuarão acampados à margem da fazenda aguardando posicionamento definitivo do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e Justiça.
Fonte: Agência Estado / Diário Max
Voltar para Home de Notícias
Lucélia - A Capital da Amizade
O primeiro município da Nova Alta Paulista |
