Forte mudança climática afeta primeira colheita do maracujá na região
Nossa Lucélia - 13.02.2010


Virose causada por fungos ataca lavouras na região de Adamantina


REGIÃO - A rápida transição entre chuva e sol, no começo deste ano, castigou a colheitas do maracujá em Adamantina e região. Se essa transição tivesse ocorrido de forma moderada, o prejuízo não teria sido tão grande. Além disso, as fortes chuvas trouxeram de volta a fusariose, fungo que atrapalha a vida dos produtores.

O agricultor Antônio Manzano, com propriedade na Estrada 14, possuía 400 pés da fruta, mas por conta da fusariose, causada pelo fungo Fusarium subglutinans, esse número teve de ser reduzido. Agora ele conta apenas com 227 pés, nos quais aplicou uma nova técnica para proteção contra fungos e pragas, mas ainda não se sabe se isso resolverá todos os problemas com a fusariose.

Durante 12 anos, o agricultor obteve grandes lucros com o cultivo de maracujá, porém nos últimos três anos ele amargou prejuízos com sua colheita que já chegou a possuir mais de dois mil pés. “De 2007 para cá, o lucro não cobriu o investimento. É uma realidade que desanima, mas não vou abandonar a produção, pelo menos por enquanto”, disse.

Segundo Manzano, com a atual fase das plantações de maracujá, os agricultores de primeira viagem abandonarão o cultivo. “Com a fusariose voltando, apenas os produtores tradicionais tendem a continuar com seus cultivos e os produtores aventureiros abandonar a atividade.”

O grande atrativo do cultivo de maracujás é a fácil comercialização e também plantio, maximizando os lucros do produtor. Atualmente, uma caixa de 12 quilos é vendida para a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) entre R$ 25,00 e R$ 30,00. Dessa quantia, R$ 18,00 ficam com o produtor. Entre 2008 e 2009 esse valor caiu em quase 20%.

De uns tempos para cá, o maracujá se tornou de interesse do governo e pesquisadores buscam constantemente novas alternativas para minimizar e até mesmo acabar com efeitos das pragas na plantação. Uma nova idéia é a muda avançada, que fica em uma sacola plástica, tem tamanho maior e depois de crescida é levada para o campo, evitando a fusariose.



Fonte: Do Adamantina Em Pauta / André Neves

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