Ex-moradora de Lucélia narra como descobriu suas raízes judaicas e seu retorno para Israel
Nossa Lucélia - 17.11.2019


Com o título De São Paulo a Beer Sheva: Rachel descobre o judaísmo

LUCÉLIA - O site https://shavei.org da cidade de Beer Sheba de Israel, cidade com 200 mil habitantes, narra a trajetória de vida de Rachel Souza Lima, ex-moradora da Vila Rennó, em Lucélia, que descobriu suas raízes judaicas e se converteu ao judaísmo, retornando para a terra dos patriarcas.

Suas raízes estão nos antigos Marranos, judeus que vieram de Portugal e da Espanha para o Brasil e tiveram que trocar de nome. Marranos são os descendentes dos judeus sefarditas portugueses e espanhóis que foram obrigados a abandonar a Lei Judaica e converterem-se ao cristianismo, contra a sua vontade, para escapar às perseguições movidas pela Inquisição.

Cristão-novo era a designação dada em Portugal aos judeus convertidos ao cristianismo e seus descendentes, em contraposição aos cristãos-velhos. A expressão foi difundida após a conversão forçada de judeus feita em 1497 pelo rei de Portugal, anos antes da instauração do Tribunal da Inquisição.

A HISTÓRIA:
“A maior esperança de Rachel Souza Lima é o retorno de todos os Bnei Anousim. Rachel Souza Lima ( nome dela em Lucélia era, Izabel Cristina de Souza ), 42 anos, declara isso ao contar a fascinante história de como voltou ao judaísmo de seus antepassados e de sua notável jornada de seu país natal, o Brasil, para a terra de Israel, onde vive hoje com o marido e os filhos.

Natural de Lucélia (São Paulo), Rachel, mãe divorciada de quatro filhos, lembra-se do primeiro encontro com o rabino. Esse evento crucial foi suficiente para ela reconhecer que os costumes que haviam sido transmitidos em sua família por gerações, como kashrut e pureza familiar, significavam que ela tinha raízes judaicas.

Naqueles tempos antigos, cumprir as mitzvot era bastante desafiador, mas recompensador, Rachel explica com uma nota de nostalgia. “Comecei a observar um pouco, naquele momento. É claro que eu ainda não era formalmente judeu, mas não trabalhei no Shabat e fiz orações especiais. Aprendi a cantar canções religiosas e fiquei muito feliz.”

Rachel finalmente chegou a Israel em 2014. Ela e três de seus filhos estudaram por um ano no Instituto Machon Miriam da Shavei Israel e concluíram o processo de conversão, retornando totalmente ao povo de Israel: “Quanto mais eu me aprofundava na halacha (lei judaica), ”Lembra Rachel,“ mais costumes e leis eu descobri que meus ancestrais vinham praticando o tempo todo”.

Quando Rachel fala sobre as coisas pelas quais ela é mais apaixonada, é principalmente o povo judeu, a Torá e que vive na terra de Israel. Para Raquel, seguir o caminho em direção à sua identidade judaica era como seguir o caminho que seus antepassados haviam assumido grande risco de seguir clandestinamente e, ao fazê-lo, preservava a chama do judaísmo.

Outra grande alegria aguardava Raquel em Israel: através de um amigo em comum, ela conheceu seu futuro marido. "Ele é do Brasil", explica ela, feliz. "Também descendente de anusim, que recentemente descobriu suas raízes judaicas."

Rachel e Meir se casaram em julho em Israel, em uma cerimônia religiosa com a presença de familiares e amigos. Eles decidiram se mudar para o sul, morando em Beersheba, o que os atraiu devido às oportunidades de emprego e ao baixo custo de vida.

A presente matéria foi publicada há três anos em Israel no site (https://shavei.org).


Fonte: Marcos Vazniac

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