FRAGUIMENTOS DA HISTÓRIA DE LUCÉLIA
Babas parteiras: a única esperança da medicina nos primórdios de Lucélia
Nossa Lucélia - 25.06.2019


A baba Ana Mostovoi Voznhadka efetuou mais de 100 partos em Balisa

LUCÉLIA - Imaginem como era difícil ser mãe nos primórdios de Lucélia? Não existiam hospitais, pronto socorro, médicos e nem enfermeiras. Então, como eram realizados os partos? O hospital mais perto ficava distante quase 100 km de casa. A quem recorrer?

Graças a experiência de vida das “babas parteiras”, imigrantes russas oriundas da antiga Bessarábia, que trouxeram da Europa a vivência de serem as únicas esperanças de vida dos primeiros moradores de Balisa e posteriormente da cidade de Lucélia.

Quando uma mulher estava prestes a entrar no trabalho de parto, uma baba (avô em russo) era chamada e ficava na casa da futura mamãe até o nascimento do filho.

Em Balisa, existiram várias babas parteiras, mas dentre as mais que se destacaram foram Ana Mostovoi Voznhadka. Ela efetuou mais de 100 partos. Não somente a comunidade de Balisa, mas também, futuramente Lucélia foi atendida por ela. À Cavalo ela seguia pelo sertão bravio até povoamentos distantes que surgiram no espigão, que deram nome às futuras cidades como Adamantina, Pacaembu e Tupi Paulista, dentre outras.

Outras babas parteiras de destaque foram a Baba Kislharika com quase 100 partos, as babas Bareitika e Pauliutika com mais de 50 partos e baba Matrona Crenw, com menos de 50 nascimentos.

Os primeiros habitantes de Balisa não nasceram no conforto de um hospital, nem rodeados de bons médicos e excelentes enfermeiros, não tinham higienização dos dias modernos. Os primeiros nascimentos da região se deram através de babas parteiras, que eram a única e confiável esperança das futuras mamães.

Com inauguração da Santa Casa de Misericórdia de Lucélia, os nascimentos começaram a serem feitos na Santa Casa, e os serviços de parteiras substituídos.






Fonte: Marcos Vazniac _ Com colaboração de Dra. Svetlana Ruseishvili- Professora Adjunta do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Pesquisadora da imigração russa e eslava no Brasil / Crédito foto: Facebook Filhos de Lucélia

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