Aterro privado em Adamantina tem investimento de R$ 36 milhões e deve gerar 230 empregos
Nossa Lucélia - 16.03.2018


Iniciativa privada instala aterro sanitário em Adamantina para atender raio de 100 km


ADAMANTINA - A Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP) realizou na manhã desta quinta-feira (15) em Adamantina uma reunião com a participação de prefeitos, vereadores, técnicos municipais – sobretudo da área ambiental – para discussão de temas ligados a aterro sanitário e todas as implicações e responsabilidades que recaem aos municípios, em especial com a gestão do lixo domiciliar, resíduos de saúde e resíduos industriais, diante do amplo e rigoroso conjunto de leis que disciplinam o tema.

A reunião foi convocada pelo presidente da AMNAP, Alexandre Tassoni Antônio, que é prefeito de Tupi Paulista, onde participaram também os representantes da empresa TCL Tecnologia e Construções Ltda, que está implantando um aterro sanitário no bairro Aidelândia, em Adamantina, já com Licença Ambiental Prévia emitida pela CETESB.

O empreendimento é um caminho que pode solucionar os problemas locais, vivenciados por cada município, já que os investimentos para a construção e operação de aterros, dentro das normas, são bastante expressivos e inviáveis para um grande número de prefeituras.

Assim, a alternativa de destinar esses resíduos, das cidades da região, para um aterro privado, integralmente licenciado, é bem recebida entre os prefeitos. Mesmo considerando os custos de transporte, a medida transfere à iniciativa privada, integralmente, toda a gestão desse passivo ambiental, formado pelo lixo domiciliar, resíduos de saúde e resíduos industriais, que integram o projeto da TCL, e poderão ser recepcionados no aterro privado em Adamantina.

Para o presidente da AMNAP, a alternativa privada é o caminho que pode solucionar um problema comum a praticamente todos os municípios da região. “Estamos no limite”, disse. “Com esse empreendimento teremos uma alternativa para depositar o lixo das nossas cidades, dentro das exigências que a legislação ambiental nos impõe”, completou.

O prefeito de Adamantina, Márcio Cardim, considerou positivo o encontro. Ele citou que a partir da Licença Prévia emitida pela CEETSB, é praticamente certo o início de operação do aterro privado. “Agora, precisamos nos organizar, entre os municípios, para entender melhor esse processo e poder atuar junto com a iniciativa privada”, destacou.

PROJETO FOI INICIADO EM 2014 E APROVADO PELOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS - O representante da TCL, Enivaldo Mendes, fez uso da palavra no encontro e pôde detalhar melhor o investimento que está em andamento em Adamantina.

Segundo relatou, o projeto foi iniciado no final de 2013, quando foi adquirida uma área no Bairro Aidelândia, e já em janeiro de 2014 foi apresentado o protocolo inicial do projeto junto à CETESB.

Desde então, se passaram quatro anos, com a formalização de documentos e estudos, realização de audiências públicas e a elaboração do estudo de impacto ambiental (EIA) e relatório de impacto ambiental (RIMA). Segundo citou, todas essas etapas foram cumpridas e a documentação juntada ao processo, submetido à avaliação dos órgãos ambientais. Junto ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), segundo Enivaldo, o projeto foi aprovado por unanimidade, por 32 conselheiros.

PERFIL DO ATERRO DE ADAMANTINA - Segundo o representante da TCL, Enivaldo Mendes, o aterro sanitário a ser implantado e operado peal TCL em Adamantina deve consumir um investimento total de R$ 36 milhões, com vida útil estimada em 50 anos, o que pode se ampliar, diante de novos hábitos de consumo e conscientização, e maior aproveitamento dos materiais recicláveis.

Ele revelou que o empreendimento, em franca operação, deverá gerar 60 empregos diretos e 170 empregos indiretos, com expectativa de serem gerados R$ 720 mil anuais em impostos sobre serviço (ISS).

A atuação do aterro se dará em um raio de 100 quilômetros, o que evidencia seu porte e aspecto regional. O custo médio a ser cobrado, dos municípios, deve ficar entre R$ 90 a R$ 120 por tonelada, o que varia de acordo com a distância das cidades ao aterro, onde implicarão custos com transbordo. O valor ainda ficara sujeito à concorrência do mercado, quando os municípios abrirão editais públicos, com base na lei de licitações, e receberão propostas das empresas que prestam esse serviço.

Segundo Enivaldo Mendes, com a Licença Prévia em mãos, a expectativa agora é pela obtenção das próximas licenças, que permitam iniciar a operação do aterro, o que pode ocorrer nos próximos quatro meses.


Fonte: Do Sigamais

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