Adamantina tem 177 veículos abandonados em vias públicas
Nossa Lucélia - 09.06.2017


Levantamento realizado pela Polícia Militar apontou que existem pelo menos 177 veículos abandonados em diversos bairros de Adamantina


ADAMANTINA - Carros abandonados já fazem  parte do cenário em algumas ruas de Adamantina. Incomodada com a situação, pois tem causado problemas tanto no trânsito quanto de saúde devido os automóveis estarem propícios ao acúmulo de água, a população realiza constantes denúncias, seja pelas redes sociais ou diretamente aos vereadores.

Na sessão ordinária de segunda-feira (5), dois requerimentos foram aprovados, um do vereador Acácio Rocha (DEM) e outro dos parlamentares Paulo César Cervelheira (PV), Alcio Ikeda (Podemos) e Aguinaldo Galvão (DEM), solicitando informações à Prefeitura sobre quais providências têm sido tomadas para resolver a situação, que tem trazido problemas para moradores de diversos bairros de Adamantina.

“Temos recebido muitas reclamações de moradores, de todas as regiões da cidade, que relatam casos de veículos em vias públicas em situações de abandono. Risco à saúde pública, porque podem se tornar criadouros de vetores, e riscos à segurança, pois podem abrigar condutas ilícitas e suspeitas. Sobre essas questões, há leis na área da saúde e o próprio Código de Posturas municipal que podem ser aplicados, com multas e até recolhimento de carros. Além disso há ocupação permanente, de vagas na via pública, que viola a lei de trânsito, já que as vagas em ruas são definidas como rotativas e públicas”, informa o vereador Acácio Rocha.

Levantamento realizado pela Polícia Militar apontou que existem pelo menos 177 veículos nestas condições em Adamantina. Na última semana, uma reunião do Capitão PM Julio Romagnoli, comandante da 2ª Companhia do 25º Batalhão da Polícia Militar, com os vereadores Paulo César Cervelheira, Alcio Ikeda e Aguinaldo Galvão debateu o tema.

“Estes veículos já geraram uma necessidade de atuação do órgão competente, que é a própria Prefeitura, principalmente em relação à saúde pública. Sabemos que existe certa burocracia para retirar estes veículos da rua, às vezes estão estacionados corretamente, porém temos que ficar atentos a um bem maior, a salubridade da população. Na maioria dos casos os veículos estão abandonados mesmo, juntando água ou colocando em risco outros condutores. Sugerimos que, em um primeiro momento, a Prefeitura notifique os proprietários para que se retirem os veículos. Se não conseguir, o Município tem que ter um espaço adequado e guinchá-los. E, após determinado tempo, de acordo com a legislação, fazer um leilão”, esclarece o Comandante.

Segundo ele, a Polícia Militar de Adamantina foi pioneira em realizar levantamento destes veículos abandonados. “Temos exemplo de Presidente Prudente, em que recentemente a Prefeitura tomou providências e iniciou a retirada destes veículos das vias públicas”, disse.

Acácio Rocha destaca que o problema é dinamizar o recolhimento (guincho) e remoção a pátio, o que exige estrutura e responsabilidade da Prefeitura. “O caminho mais adequado é convênio com o Detran (Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo), que poderia recolher, acomodar em pátio e cobrar dos proprietários dos veículos. Em último caso, poderia levar os veículos não reclamados a leilão, para pagamento dessas despesas”, explica.

Também na segunda-feira, o assunto foi tratado pelo secretário de Gabinete, Gustavo Rufino, em reunião com diretor presidente do Detran, Maxuel Borges de Moura Vieira, que, segundo a Prefeitura, “passou orientações sobre qual a melhor maneira de proceder na atuação frente a esse problema”.

“Estamos requerendo informações sobre quais são essas medidas que a Administração Municipal tomará. No ano passado, alguns veículos foram recolhidos no Jardim Brasil e encaminhados ao Almoxarifado, uma alternativa a ser estudada pela Prefeitura. O que não pode é deixar estes veículos causando problemas à população, que tem que conviver com este descaso dos proprietários. Estaremos cobrando providências”, se posiciona Alcio Ikeda.


Fonte: João Vinícius – Do GI Notícias

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