Pesquisador de Lucélia traz nova espécie de café para a região
Nossa Lucélia - 27.05.2017


O trabalho teve início em 2007 e em 2008 foram trazidos os primeiros clones que vieram do Estado do  Espírito Santo


LUCÉLIA - O pesquisador científico engenheiro agrônomo Fernando Takayuki Nakayama, residente em Lucélia, trabalha no APTA (Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), PRDTA Alta Paulista sediada em Adamantina, está trazendo uma nova variedade de café para a região.

O agrônomo formado pela Unesp de Ilha Solteira/SP, no ano de 2002, com mestrado e doutorado pela mesma instituição de ensino superior, sempre foi apaixonado pela cafeicultura, lavoura que desenvolveu praticamente todas as cidades da Nova Alta Paulista.  Pensando em trazer uma nova variedade de café para os cafeicultores da região, o Fernando introduziu, através de pesquisas cientifica a espécie Coffea canephora, (conhecidos por  Robusta e Conilon) originária da África Ocidental, mais precisamente nos países Congo e na Guiné, região nas quais assemelha-se muito com o nosso oeste paulista, com clima  e altitude muito semelhante.

O trabalho teve início em 2007 e em 2008 foram trazidos os primeiros clones que vieram do Estado do  Espírito Santo, estado que já é o principal produtor da espécie. Durante a pesquisa, alguns  clones demonstraram viabilidade no cultivo e se adaptaram muito bem para as nossas condições. Neste sentido foram selecionados através de melhoramento genético e estão sendo realizados cruzamentos para novas seleções. Em média a produção chega a 80 sacas por hectare.

O café robusta em média é 30% mais produtivo do que o café arábica mais resistente às pragas e doenças (como nematoides, bicho mineiro e ferrugem do cafeeiro) e a demanda por esta matéria prima vem crescendo a nível mundial (matéria prima necessária para café solúvel, café expresso e capsulas tipo 3 em 1). 

A pesquisa ainda está em desenvolvimento, portanto, somente alguns produtores foram escolhidos para participar do projeto, mas em breve serão disponibilizadas mudas clonais para os produtores em geral.

A pesquisa tem parceria com o centro de café “Alcides Carvalho” (IAC), APTA e CATI e financiada pela Treviolo Café.

O principal objetivo, segundo o pesquisador é fornecer mais uma opção de cultura para a região, que atualmente se encontra sem muitas opções (domínio da cana de açúcar e pastagens). O café entraria como uma cultura de maior agregação de valor, e voltada para o pequeno produtor que poderia além de aumentar sua renda, comercializá-lo num momento oportuno, já que é possível seu armazenamento na própria propriedade.

E além de tudo, é uma cultura que “transmite prazer” tanto na roça como na xícara, e segundo o pesquisador, tudo que dá prazer é sustentável.


Fonte: Marcos Vazniac

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