Trabalhadores da reciclagem tentam dar a volta por cima, após verem tudo destruído em incêndio
Nossa Lucélia - 26.10.2016

A situação talvez poderia ser bem diferente, porque há anos existe na cidade um galpão, construído como maneira compensatória ao meio ambiente em ação da Cesp, mas que até então não pôde receber a associação de catadores, porque se esbarra na burocracia brasileira já conhecida

TUPI PAULISTA - A situação já não anda boa para alguns setores da economia nacional imagine então quando a coisa fica um pouco mais difícil com o inesperado. Foi o que aconteceu há poucos dias, com a associação dos trabalhadores de materiais recicláveis da vizinha Tupi Paulista atingida por um incêndio devastador que consumiu tudo o que existia, onde os trabalhadores exerciam a atividade profissional.

A coordenadora do meio ambiente da cidade, Lourdes Alves Grassi, que está à frente do grupo formado por 12 catadores de reciclados, oito mulheres e quatro homens, cujas idades variam de 18 a 65 anos falou da situação na semana que passou com a reportagem do Jornal Regional, por telefone.

Segundo ela, atualmente o grupo está trabalhando em um lote cedido por um particular, na rua Celso Souza Silva, nas proximidades do campo do Petrópolis, porém o local é aberto, e quando chove, o dia de trabalho fica prejudicado. “Estamos aguardando há tempos o barracão que está pronto no fundo do bosque, doação da Cesp, numa compensação ambiental ao município”, disse Lourdes afirmando que a burocracia empata o início das atividades. Ela falou que no local ainda não tem energia elétrica.

Os trabalhadores percorrem a cidade toda coletando os reciclados, de porta em porta, depois a Prefeitura com o auxílio de dois integrantes da associação passa recolhendo. O caminhão utilizado conforme Lourdes é um basculante da frota municipal.

O recolhimento do lixo reciclável é feito toda terça e quinta-feira. A cada 15 dias são recolhidos por volta de 15 toneladas de lixo. O vidro é o material que precisa ter a maior quantidade juntada, por exemplo, no mínimo 30 toneladas, para depois ser comercializado. A coordenadora citou que as empresas que compram os reciclados de Tupi Paulista estão em Dracena, Junqueirópolis e Presidente Prudente.

Cada trabalhador recebe por quinzena no máximo, R$ 350,00. “Do mês de junho para cá a renda deles diminuiu bastante, em torno de 20%, devido principalmente a crise financeira que passa o Brasil”, explicou.

Lourdes comentou que para colaborar com o grupo, está sendo feita na cidade uma ação social, que sorteará uma novilha, tudo com o objetivo de arrecadar recursos financeiros e auxiliá-los nos gastos que cada família tem. “Muitos recolhem o INSS, é preciso pagar contas como água e luz, que não têm como esperar, por isso está sendo feita essa ação”. Lourdes falou que até cestas básicas estão sendo doadas para suprir as necessidades de cada trabalhador da reciclagem na cidade.

NOVIDADE – Por volta das 17 horas de ontem, a reportagem manteve contato com Lourdes e ela afirmou que quanto à utilização do prédio onde está o ecoponto, oferecido pela Prefeitura não foi aceito, porque o proprietário do imóvel não queria que a atividade ocorresse lá, que apenas fosse uma área de depósito para a associação (leia matéria abaixo). “É justamente a separação de todo material que resulta na renda dos trabalhadores”.

Ela falou ainda que por volta das 11 horas desta terça-feira, a Prefeitura fez contato oferecendo o centro comunitário do Jardim Itália e o convite foi aceito pela associação. “Iríamos fazer a nossa mudança ainda no final da tarde para o novo local”. Lourdes disse que o salão do centro comunitário encontra-se interditado, porém eles usarão a área dos fundos. “Ocuparemos o gramado para colocar os nossos produtos e em uma sala iremos separar o lixo. No local ainda tem banheiro”.

Lourdes ressaltou que espera que as condições dos trabalhadores melhorem, após eles ficarem trabalhando por uma semana e meia, no fundo de uma residência, cujo proprietário cedeu o espaço.

SERVIÇO - Interessados em colaborar com a ação social ou obter outras informações podem falar com Lourdes Grassi pelo telefone (18) 99623-8815.


Fonte: Rosana Gonçalves – Do Portal Regional

Voltar para Home de Notícias


Copyright 2000 / 2016 - All rights reserved.
Contact: Amaury Teixeira Powered by www.nossalucelia.com.br
Lucélia - A Capital da Amizade
O primeiro município da Nova Alta Paulista