Docente da Unesp de Tupã registra patente de tratamento de água
Nossa Lucélia - 02.09.2016

Técnica já está em uso em países como Brasil, França, Estados Unidos, Japão e China

TUPÃ - O Prof. Dr. André Rodrigues dos Reis (foto), docente do curso de Engenharia de Biossistemas na Unesp de Tupã, teve patente registrada de um método de tratamento de águas contaminadas. O projeto foi realizado há cinco anos, entretanto somente este ano a patente foi aprovada.

O método foi desenvolvido durante o doutorado do docente, que aconteceu parte no Centro de Pesquisas Ambientais da Tailândia, localizada em Bancoque, e parte na Universidade de Waseda, no Japão. Esta última a qual os recursos gerados pela patente serão destinados para financiamento de novas pesquisas.

Uma vez que a maior parte da água potável que é fornecida para as grandes cidades na Ásia advém de rios e lagos, o processo patenteado consiste no tratamento de águas contaminadas destas fontes. Tais águas possuem um grande problema com a contaminação que leva muitos peixes a deixarem de existir por problemas de fecundação devido a químicos como pesticidas, herbicidas, compostos orgânicos que têm propriedades cancerígenas e também alguns compostos liberados basicamente por empresas de plástico, indústria têxtil e alguns compostos farmacêuticos.

Logo, o método desenvolvido para limpar esses compostos do meio aquático é rápido, prático e utiliza plantas aquáticas. A planta absorve estes compostos orgânicos e dentro da sua célula uma enzima denominada peroxidasse degrada estes elementos. Alguns compostos são mais difíceis de serem degradados, então o estudo do docente também gerou uma reação química para acelerar o processo, que ficou denominada Reação Biológica de Fenton. E assim foi obtido um sucesso de 100% no tratamento.

A quantidade de água a ser tratada é dimensionável, o único cuidado a ser tomado é para que as plantas não se proliferem de forma indesejável, mas também foi desenvolvido um método para controlar o crescimento dessas plantas, usando redes para impedir que a planta aquática se multiplique de forma incontrolável. Além disso, essas plantas podem ser retiradas do meio aquático posteriormente e utilizadas como adubo em canteiros.

"É um método fantástico porque é barato e qualquer lugar tem planta aquática. Basta saber fazer a escolha certa da planta aquática e realizar o dimensionamento de forma correta ", conclui Reis.


Fonte: Do TupãCity.com / Texto: Vanessa Pontes - Orientação: Profa. Dra. Cristiane Hengler Corrêa Bernardo

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