Madeira cede e mulher despenca de camarote da Fapidra
Nossa Lucélia - 15.07.2016

Vítima de 39 anos relatou que caiu em meio a ferragens da estrutura. Acidente aconteceu na madrugada desta quinta-feira (14), em Dracena

DRACENA - Uma vendedora autônoma de 39 anos ficou ferida após uma placa de madeira do piso do setor de camarotes ceder durante a Feira Agropecuária e Industrial de Dracena (Fapidra), na madrugada desta quinta-feira (14). Segundo o Corpo de Bombeiros, a mulher caiu de, aproximadamente, dois metros de altura. Ela foi encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal (PAM) e, aparentemente, não sofreu lesões graves. Foi registrado um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil por lesão corporal culposa.

A vítima, Patrícia Mara Videira Rodrigues Cambuci, relatou ao G1 que dançava com um amigo quando o acidente aconteceu. “Lançaram um espaço VIP, onde havia uma espécie de boatinha e uma dupla cantando. Uns 20 minutos após acabar o show, saímos do camarote e fomos até lá. Um amigo me chamou para dançar e a madeira cedeu. Foi coisa de dois passos”, lembrou. Além disso, quase houve uma segunda vítima. “Meu amigo quase caiu também. Ele tentou me segurar, mas não conseguiu”, relatou.

Segundo Patrícia, um policial lhe disse que a altura da queda era de aproximadamente cinco metros de altura. “A placa onde eu estava cedeu e caí de costas, em queda livre e em meio às ferragens da estrutura. Não havia ambulância no local e o atendimento demorou, mas uns enfermeiros e médico que estavam no evento me ajudaram”, contou ao G1. “Como havia ferragens, era difícil o acesso e precisaram acionar os bombeiros de Presidente Prudente”, disse ainda.

Patrícia foi socorrida e levada ao PAM de Dracena, onde passou por exames e acabou liberada por volta das 8h. Ela explicou ao G1 que os raios-x não constaram fraturas em ossos, mas foi aconselhada a realizar uma ressonância, "para verificar como está por dentro do corpo". “Sinto muitas dores, principalmente na coluna, e estou com hematomas pelo corpo. Agora é repouso absoluto”, contou a vítima. “Numa situação dessa, você pode ficar paraplégica”, observou.

Além das dores, ainda ficou o receio. “A gente paga caro, então, deveria ser mais bem organizado. Ainda tem a preocupação com a minha filha, que quer ir a outro show. E se acontecer de novo? Estamos vendo que a estrutura não está bem feita”, questionou.

Patrícia afirmou que registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Ela também salientou que a organização do evento já entrou em contato e se disponibilizou a auxiliar nos atendimentos de saúde necessários.

VISTORIA - Em contato com o G1, o capitão Claudio Augusto Antunes da Silva, que é o comandante do 3º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros de Dracena, afirmou que o local está de acordo com as normas estabelecidas. O espaço foi vistoriado pela corporação e teve o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) emitido.

O oficial ainda explicou que, quando há eventos, um engenheiro e os responsáveis pela segurança devem apresentar um projeto para o Corpo de Bombeiros. No documento, devem constar tudo o que haverá no local e onde estará posicionado, além de um atestado de segurança. “Iluminação de emergência, modo gerador para casos de queda de energia, placas informando onde é a saída de emergência, placas informativas sobre capacidade de público e peso de determinados espaços, se terá arquibancadas e camarotes, quais materiais serão usados, como madeiras e lonas, se esse material é inflamável e colocação de extintores” estão entre as exigências, conforme apontou o capitão ao G1.

Ainda tem a preocupação com a minha filha, que quer ir a outro show. E se acontecer de novo? Estamos vendo que a estrutura não está bem feita"

Após a apresentação do projeto, a corporação vai até o espaço e verifica se tudo está de acordo com o que foi apresentado. “Verificamos se está tudo 'OK' e liberamos o AVCB”, acrescentou o oficial.

“Fizemos uma vistoria e a montagem foi feita de acordo com o projeto. A estrutura é a correta, com pranchas de madeira com travessas de aço. O que pode ter acontecido é que a movimentação pode ter feito a madeira se soltar”, comentou o capitão ao G1. Ele ainda afirmou que uma nova vistoria foi realizada na manhã desta quinta-feira (14), após o acidente.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA - No documento, foi informado pela Polícia Militar que, no recinto da Fapidra, foi montada a estrutura de camarote e arquibancada e que, durante o show realizado, a vítima estava em um dos camarotes no momento em que uma placa do piso se rompeu e Patrícia sofreu a queda. Ela foi socorrida e levada ao Pronto Atendimento Municipal, onde permaneceu internada para a realização de exames.

Conforme o registro policial, um dos responsáveis pela organização, um empresário de 39 anos, compareceu à Delegacia da Polícia Civil, onde sua declaração foi colhida. Além disso, ele ainda informou que Patrícia não havia sofrido lesões graves. Foram requisitados exames ao Instituto Médico Legal (IML).

Em um primeiro momento, havia sido informada aos policiais a altura de 1,5 metro. Porém, o laudo pericial apontou que a altura da queda foi de cinco metros.

OUTRO LADO – A Comissão Organizadora da Fapidra declarou ao G1, por telefone, que não deixou de prestar atendimento à vítima, inclusive, durante o período em que Patrícia permaneceu no hospital. “Foi uma fatalidade”, disse à reportagem. A organização também apontou que uma nova perícia foi feita e nada irregular foi constatado no local. “O evento continua”, afirmou, ainda.

A programação da Fapidra se estende de 13 a 17 de julho.


Fonte: Stephanie Fonseca _ Do G1 Presidente Prudente

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