'FRAGMENTOS' DA HISTÓRIA DE LUCÉLIA
Arquivo do Estado tem 283 fichas de lucelienses cadastrados no DEOPS
Nossa Lucélia - 03.07.2016
Até moradores da zona rural de Lucélia, como os do Bairro Mil Alqueires e do então distrito de Pracinha, estavam cadastrados nos arquivos do Deops
LUCÉLIA - O Golpe Militar de 31 de março de 1964 tirou do poder o presidente João Goulart e instituiu um regime fechado, instituindo a censura, tortura, fechamento do congresso e mergulhou o pais em uma das suas páginas mais tristes.
O órgão do estado Deops era o grande irmão profetizado pelo escritor irlandês George Orwel no livro 1984, onde cada passo do cidadão seria vigiado de perto pelo órgão do Estado.
O regime militar esteve presente em todas as cidades do Brasil e em Lucélia não foi diferente. Apesar de não haver registro de prisões e deportações, os inimigos e suspeitos de serem subversivos ao sistema eram vigiados bem de perto.
Além das pesquisas realizadas por mim no Arquivo do Estado de São Paulo, onde tive acesso ao “Dossiê Lucélia”, tive acesso por e-mail respondido pelo Arquivo do Estado de São Paulo, que ainda constam novas 283 fichas de pessoas físicas cadastradas no DEOPS. A minha pesquisa inicial era por município e não por pessoas físicas, o que aumenta e muito o número de vigiadas de perto pela ditadura em Lucélia.
Segundo as fontes que tenho em mão ainda há no Arquivo do Estado de São Paulo, cerca de 283 fichas cadastrais ou prontuários de pessoas que tiveram por alguma razão seus nomes citados no DEOPS. O número é superior a cidades como Osvaldo Cruz e Adamantina, esta última com 88 fichas cadastras pelos militares. Observando cada uma delas, pelo prontuário, mas sem terá acesso aos autos do processo, pude verificar que até moradores da zona rural de Lucélia, como os do Bairro Mil Alqueires e do então distrito de Pracinha, estavam cadastrados. Lucélia era vista como uma cidade com um certo número de subversivos.
Para minha surpresa, o Arquivo do Estado de São Paulo, presta assessoria aos municípios paulistas que desejam fazer um banco de dados de arquivo histórico.
Fica aí uma boa dica para os governantes de Lucélia...
Fonte: Marcos Vazniac - Da Gazeta RegionalVoltar para Home de Notícias
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