Devido ao comércio informal Tupã deixa de arrecadar R$ 100 mil em tributos
Nossa Lucélia - 18.06.2016

Comerciantes formais reclamam da concorrência desleal dos ambulantes. Receita Federal proibiu realização de feiras itinerantes na região de Marília

TUPÃ - As 56 cidades que fazem parte da delegacia da Receita Federal de Marília não devem mais autorizar as feirinhas que ficam alguns dias nas ruas e vendem diversos produtos. A decisão foi tomada depois que comerciantes de Tupã (SP) reclamaram de concorrência desleal.

Só em uma ótica no centro as vendas caíram 30%. E para a dona do estabelecimento, o problema não crise econômica que ela reclama e sim o comércio de ambulantes. A loja tem ficado vazia boa parte do tempo e a comerciante não esconde as dificuldades para manter o local em funcionamento. “O aluguel é muito cato, a água e tem os impostos, nós pagamos muito imposto nas mercadorias”, reclama Gislene Cambaúva.

Em Tupã, essas feiras de ambulantes são conhecidas por "feirinhas do Brás" e os organizadores conseguem uma licença de funcionamento na prefeitura e ficam por três dias na cidade Tempo suficiente para arrecadar cerca de R$ 335 mil em vendas, segundo uma pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Tupã em parceria com a Federação do Comércio de São Paulo.

A pesquisa também revelou que enquanto isso o município deixa de arrecadar mais de R$ 100 mil em tributos, isso porque os donos das barraquinhas não pagam imposto sobre as mercadorias que vendem. “Tem perda no emprego também são de 90 a 100 postos de emprego formal, pessoas que trabalham registradas e tudo certo. Portanto o impacto é muito grande, a perda é muito grande para o município e para o estado”, afirma o presidente do Sincomércio, Milton Zamora.

Com esses dados em mãos o presidente do sindicato denunciou o comércio informal a Receita Federal de Marília e o delegado regional decidiu que as 56 cidades da região não devem autorizar o funcionamento da feira, já que estes comerciantes não pagam os impostos devidos ao governo e algumas mercadorias ainda são importadas irregularmente.

Maria Amélia Nunes do Carmo tem um comércio de roupas e achou justa a decisão da Receita Federal e disse que a concorrência entre uma loja e o comércio de ambulantes é muito desleal. “Se a lei é para todos porque nós temos que ser punidos por trabalhar corretamente”, conta.


Fonte: Do G1 Bauru e Marília

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