Lucélia realiza campanha de prevenção a violência doméstica contra crianças
Nossa Lucélia - 22.03.2016
A Associação de Proteção à Criança, Adolescente e Família realiza pelo 8º ano a campanha
LUCÉLIA - Historicamente, o abandono, a negligência e a violência contra a criança sempre existiram e eram aceitos por determinadas comunidades. A partir do final do século XIX, a criança, que até então era considerada um 'estorvo inútil', passou a ser valorizada.
Em todo o mundo, milhões de crianças são expostas à violência dentro de suas casas. Com objetivo de proteger e combater a violência doméstica, a Aprocaf (Associação de Proteção à Criança, Adolescente e Família de Lucélia) realiza pelo 8º ano campanha com o tema “Nós dizemos não à violência”.
O objetivo da ação social é a proteção à violência infantil e ao adolescente, agindo na prevenção primária com campanhas, palestras com a participação de clubes de serviços, escolas, pais ou responsáveis, associações de bairros, igrejas e comunidades. “Na oportunidade, será divulgado os males de uma educação sem paciência, sem respeito à criança como um ser de direitos, que se encontra em uma fase específica de seu desenvolvimento, no qual precisa de compreensão, diálogo e amor”, explica a psicóloga Mércia Troncon.
Neste mês de março, a Aprocaf distribuiu panfletos e cartazes, além de capacitações, como ocorreu com os novos Conselheiros Tutelares de Lucélia, abrangendo os vários tipos de Violência Doméstica Intrafamiliares, como física, psicológica, negligencial, sexual, fatal e testemunhal. Já as gestantes que frequentam o SUS (Sistema Único de Saúde) também terão oficinas referentes a uma educação com amor e sem violência.
“Importante dizer que há uma aceitação da violência por parte da sociedade, como inevitável e normal. O uso do castigo físico como prática pedagógica e a disciplina por meio de punições físicas e humilhantes são frequentemente percebidas como normais, particularmente quando não provocam lesões visíveis ou duradouras. Muitos pais acham que a prática do castigo físico é um método a ser utilizado na correção do mau comportamento da criança, visando impor limites ou, ainda, é um modo de garantir o poder absoluto sobre a atitude de seus filhos”, afirma a psicóloga Maria Helena Braga.
As profissionais explicam que a violência doméstica se inicia por meio de uma palmada, cuja intensidade e forma vão se agravando com o passar do tempo. “A violência dentro da família apesar de oculta é a mais poderosa, pois desestrutura a personalidade em desenvolvimento da criança e adolescente, impedindo a formação ou destruindo os valores morais positivos, fazendo com que o respeito a si mesmo e ao outro nunca seja aprendido”, comenta Mércia.
A ocorrência contra a criança e o adolescente atinge todas as culturas, classes sociais e níveis de escolaridade. “É fonte de todas as outras formas de violência, pois o indivíduo é desrespeitado em seus valores mínimos, muitas vezes até mesmo antes de nascer, o que pode levá-lo a reproduzi-la sob qualquer forma, direta (por meio de agressões) ou indireta (por meio do uso do poder)”, afirma Maria Helena.
A campanha da Aprocaf tem apoio da SEDS (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social), Prefeitura de Lucélia, Loja Maçônica Paz e Liberdade de Lucélia, e com parceria do CREAS e CRAS.
Fonte: Do GI NotíciasVoltar para Home de Notícias
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