Homem diz que foi traído e lavou a honra ao matar comerciante com 13 facadas em Tupi Paulista
Nossa Lucélia - 28.11.2015

Plínio de São José Guerra foi assassinado por Edvaldo dos Reis, morador de Monte Castelo; o autor do crime confessou a Polícia que matou o comerciante, porque ele se envolveu com a esposa dele com quem era casado há 30 anos e tinha cinco filhos

TUPI PAULISTA - Edvaldo dos Reis, conhecido pelo apelido de Garotinho, de 56 anos, casado, morador de Monte Castelo, está preso no CDP de Caiuá, por ter matado com 13 facadas o comerciante Plínio de São José Guerra, de 67 anos, casado. O crime ocorreu ontem, 27, na avenida 9 de Julho, no centro de Tupi Paulista.

Edvaldo foi interrogado pelo delegado Aderson Moisés Vieira e confessou o crime. Segundo ele cometeu o homicídio, por que foi traído. Em entrevista ao Jornal e Portal Regional disse que lavou a honra dele e da família.

Segundo o delegado, Edvaldo disse que brigou com a mulher e ela confessou que tinha um caso amoroso com a vítima e por isso ele não conseguiu dormir.

Ontem pela manhã, o assassino sem conhecer a vítima e sabendo apenas que era o dono de uma Hilux de cor prata, proprietário de uma loja de calçados afirmou que pegou a faca e veio para Tupi Paulista de carona. Disse ao delegado que ficou esperando nas proximidades da loja e quando a vítima chegou e estava conversando com a funcionária na calçada ele se aproximou e deu as facadas.

Ferido, o comerciante ainda tentou atravessar a rua, mas foi golpeado nas costas e, em seguida caiu do outro lado.

Após esfaquear o comerciante, Edvaldo saiu rumo à igreja matriz tupiense e foi localizado a dois quarteirões pela guarnição da Polícia Militar composta pelo soldado Welton. Ainda com a faca nas mãos, não reagiu a prisão e confessou o crime, sendo encaminhado ao Distrito Policial.

O comerciante Plínio Guerra levou golpes de faca no tórax, abdômen, braço, costas, na testa e na cabeça. Foi encaminhado ao Pronto Atendimento Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

ENTREVISTA – No Distrito Policial e na presença do delegado Aderson Moisés Vieira, Edvaldo dos Reis falou com a reportagem e confessou o crime. Afirmou que o filho comprou mercadoria na loja da vítima e ficou com dificuldade de pagar o restante da dívida. Com isso, Plínio Guerra ia pessoalmente à casa do autor do crime fazer a cobrança e sempre no momento que a mulher dele ficava sozinha. Uma vez ele pediu a ela o número do telefone dela. “Ele começou mandar mensagens tentando seduzir a minha mulher e algum tempo depois começou a sair com ela. Ela não me contou que tinha um caso já que sabia que poderia ter uma reação minha. Ela ficou na dela. Pessoas na rua me xingavam de corno e outras coisas, mas eu não podia fazer nada, pois não tinha a certeza e nem deveria fazer isso. Me casei com ela quando ela tinha 18 anos, vivemos 30 anos juntos e tivemos cinco filhos que foram criados com dignidade e sem se envolver com drogas e nada de errado. Ele foi lá seduzir minha mulher em troca de pagar a conta do meu filho”, contou Edvaldo.

Por causa do envolvimento da esposa com a vítima, Edvaldo diz que aconteceu o fim do casamento e a separação via judicial. Ele disse que ficou sabendo que tão logo ocorresse a separação, a ex-esposa ficaria com a vítima e, por isso, mal conseguia dormir. “O rico esquece que o pobre tem sangue na veia e se a Justiça às vezes não pode fazer, o cara vai lá e faz pessoalmente”, ressaltou.

Edvaldo disse ainda que um dia antes de cometer o crime esteve na loja da vítima, a fim de comprar um coturno, mas não o adquiriu já que o dinheiro que tinha não dava e então ficou de retornar depois.

“Fui lá ontem (26) e ele estava na calçada e percebi que a me ver ficou me olhando, pois já estava desconfiado. Nunca tinha visto ele e então me aproximei e falei com a moça do lado. Ele deu uns dois passos e olhando para mim, então o reconheci. Ele veio para cima de mim e eu segurei e quando ele correu dei mais algumas facadas, não vi quantos golpes foram”, contou. Ao ser indagado pela reportagem se foi cruel ao matar a vítima com vários golpes, Edvaldo disse: “Não sei, ele não foi cruel comigo ao acabar com a minha família? A resposta está na consciência de cada um. Arrependido eu não estou não, fiquei há mais de 50 anos sem dever nada a Justiça. Agora estou mais sossegado, acredito que vou dormir”, concluiu Edvaldo à reportagem.

Ontem à tarde, o delegado Aderson Moisés Vieira disse que Edvaldo foi autuado por homicídio qualificado cuja pena prevista em caso de condenação é de 12 a 30 anos de reclusão.


Fonte: Marcos Maia _ Do Portal Regional

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