Livro sobre imigração búlgara enfocando o Bairro Balisa e outras comunidades da Região será lançado neste sábado em SP
Nossa Lucélia - 19.09.2015


Livro de Jorge Cocicov narra histórias de muitas famílias e deixará o leitor perplexo

SÃO PAULO - Será lançado neste sábado (19), a partir das 15hs no Museu do Imigrante, Bairro Bresser, em São Paulo, o terceiro volume do livro Imigrantes Búlgaros e Gagaúzos Bessarabianos,(“Romenos”) – Moldávia (Bessarábia)-Brasil-Uruguai (1926/2015), do jurista e escritor Jorge Cocicov.

O livro aborda temas como a imigração bessarabiana da antiga Bessarabia, para o Brasil, em meados da década de 1920 e pela segunda vez, citará a comunidade eslava de Balisa (local onde teve início a cidade de Lucélia), além de outras comunidades como a de Varpa, em Tupã, Quatá, Mirante do Paranapanema, Santo Anastácio e Ibiporã, no Paraná. Como no segundo volume, editado em 2007, o Dr. Jorge Cocicov, relatou um capítulo sobre Balisa, que faz parte da história de Martinópolis, Lucélia e demais cidades da região como Osvaldo Cruz, Inúbia Paulista e Adamantina, já que tal comunidade eslava foi célula máter de muitas cidades da região.  

Jorge Cocicov, através da compreensão de suas raízes búlgaras, nos encanta com o retrato de nossa própria humanidade em eterna busca frente ao desconhecido ao mostrar, neste livro todas as facetas que marcaram a emigração dos povos búlgaro e gagaúzo, desde quando saíram, primeiro da Bulgária, em direção à Bessarábia e, depois, deste país para o Brasil, no ano de 1926.

Vários são os protagonistas da vida bessarabiana, com seu folclore, costumes e religiosidade, todos partícipes do drama familiar que envolveu suas famílias e de tantas outras, na busca da libertação do jugo romeno e das prometidas terras do Brasil. O livro traz um rico acervo iconográfico e documentos ilustrando os relatos familiares e suas árvores genealógicas.

São histórias de muitas famílias que deixarão o leitor perplexo, na medida do em que vai tomando conhecimento do desenrolar das frustradas expectativas criadas pelos intermediários do governo brasileiro.

Foram muitos os sofrimentos enfrentados na viagem por terra e de navio, onde era frequente o ritual fúnebre marítimo. No Brasil, o difícil cotidiano nas Hospedarias dos Imigrantes, na Ilha das Flores/RJ e no Brás/SP, além da morte, em menos de cem dias, de 151 pessoas, sendo 98% crianças, na Ilha dos Porcos (hoje, Ilha Anchieta, na costa de Ubatuba, SP).

Este triste e contundente episódio, marcado pela segregação imposta a esses imigrantes, em favor de quem um inusitado Habeas-Corpus foi impetrado.

Em regime de semi-escravidão  imposta às famílias dos imigrantes, começaram as  fugas das fazendas paulistas de café, com a fundação de colônias pelo interior paulista, enfrentando as dificuldades para se adaptarem na cidade de São Paulo, além de tantos outros episódios dramáticos.

O historiador Jorge Cocicov faz citar mais de mil sobrenomes, em ordem alfabética, além de oferecer o coloquial do idioma búlgaro, através de provérbios e curiosas expressões.

“Trata-se do resgate da história da saga dramática da imigração dos povos búlgaro e gagaúzo, preenchendo uma lacuna existente na história de São Paulo e do Brasil, assim como, especificamente, Jorge Cocicov completa a História da Imigração no Brasil”, explica Cocicov.

Jorge Cocicov tem o mérito de posicionar esta obra em pleno século XXI, quando, apesar de isolados, somos todos almas conectadas e realizadoras de uma Vida Plena, em um mundo globalizado.

BIOGRAFIA: Jorge Cocicov, brasileiro, nasceu, no ano de 1935, em Mogi das Cruzes-SP, descendente de búlgaros emigrantes da Bessarábia, antiga província russa, hoje, República Democrática da Moldávia e detentor da cidadania búlgara.

É Oficial da Reserva da Polícia Militar do Estado, Juiz de Direito aposentado, Professor Universitário, Mestre em Direito Processual Civil, Membro da Academia de Ribeirãopretana de Letras Jurídicas, Professor Universitário, Advogado Militante e Articulista.

Jorge Cocicov é estudioso e pesquisador nas áreas de História e Sociologia e autor da obra jurídica: Ação de Nunciação de Obra Nova, ano 2004, e dos livros historiográficos: 'Imigração no Brasil. Búlgaros e Gagaúzos Bessarabianos', ano 2005 (livro este vertido para o idioma búlgaro e publicado, em 2014, pela Agência Estatal para Búlgaros no Exterior, Sofia, Bulgária, com lançamento, também, na Moldávia e na Ucrânia) e 'Imigração. Búlgaros e Gagaúzos Bessarabianos (“Romenos”). Brasil / Uruguai', em 2007, além do opúsculo 'Castigo e Morte', ano 2015, especialmente escrito em homenagem aos cento e cincoenta e um imigrantes búlgaros e gagaúzos falecidos, quase na sua totalidade, crianças, em 1926, na Ilha Anchieta, Ubatuba-SP.



 


Fonte: Marcos Vazniac

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