Após ano de crise e com base em campo, Azulão dá adeus a Segundona
Nossa Lucélia - 19.08.2015


Em sua despedida no Paulista, Azulão perdeu por 10 a 0 para o Grêmio Prudente. Time, que teve saída de atletas profissionais em meio à competição por condições precárias de trabalho, respira agora aliviado com término de campeonato

OSVALDO CRUZ - No último domingo (16), a equipe profissional do Osvaldo Cruz, composta por uma grande maioria de atletas da base, ouviu pela última vez nesta temporada o "apito" pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão – quarto patamar estadual. Após um ano turbulento, em que os jogadores profissionais saíram do time por conta de salários não pagos e condições precárias de trabalho, os osvaldo-cruzenses podem respirar aliviados com o término da competição. No entanto, a participação do Azulão na próxima temporada da Segundona ainda é um "mistério".

No duelo deste domingo (16), contra o Grêmio Prudente, em partida válida pela 18ª rodada, o Azulão encerrou sua participação com um revés de 10 a 0 e dono da lanterna do Grupo 1. No entanto, mesmo em meio a situação desagradável, na visão do coordenador e sócio da empresa Select Gold, Rogério Januário Júnior, Miranda, que assumiu o time em meio à crise e colocou a base para atuar, há somente pontos positivos.

”Nós buscamos nestas sete partidas pelo profissional puxar apenas o lado positivo. Foi mais um aprendizado e uma experiência para os atletas e comissão técnica. Acredito que há males que vêm para o bem. Infelizmente, aconteceu toda aquela situação com os antigos atletas profissionais e nós assumimos para não prejudicarmos o que vem sendo feito na base. Então, foi mais um grande aprendizado. As derrotas não descreveram o que é nosso trabalho”.

Além do crescimento profissional para os jogadores e comissão técnica, Miranda destaca o apoio que receberam por parte dos osvaldo-cruzenses, que em nenhum momento deixaram de prestigiar o time, mesmo quando o placar adverso já era esperado. Segundo ele, o importante em meio a toda “tempestade” foi sair com a cabeça erguida desta Segundona.

”Um dos pontos mais positivo foi a união da torcida com o nosso projeto e esforços. Até na última partida em Osvaldo Cruz, mesmo sabendo que entraria a equipe sub-17 e que provavelmente tomaria uma goleada, havia torcedor pagante para assistir e que no final aplaudiu os meninos. Além disso, podemos mostrar a nossa credibilidade, pois cumprimos o que havíamos combinado, que não deixaríamos o Azulão acabar. Não tivemos nenhum W.O e poderíamos ter inventado muitos motivos para não jogar, mas jogamos todas as partidas”.

Depois de sete partidas e inúmeras goleadas, o Azulão deixa a Segundona no meio do caminho junto ao sonho de conquistar o acesso à Série A3. Mas, o sentimento da equipe não é de frustração ou tristeza, muito pelo contrário. As únicas palavras que “reinam” nos bastidores do clube são as de “dever cumprido”.

”Todos nós, tanto atletas quanto comissão, cumprimos o nosso dever. Entramos em campo em todas as partidas, independente de resultados, que é o que menos procuramos ver. Nós entramos em campo e fomos homens de honrar a camisa do clube. Então, o sentimento é de dever foi cumprido”.

Porém, mesmo com o trabalho positivo da empresa à frente do clube, não há certeza de que ela continue na próxima temporada. A parceria depende da diretoria osvaldo-cruzense, mas caso ela prevaleça em 2016, Miranda afirma que estarão prontos para darem sequência ao projeto.

”Não temos certeza se continuaremos no Osvaldo Cruz. Claro que o nosso desejo é continuar o trabalho aqui. Caso surja a oportunidade de tocarmos o profissional ano que vem, com certeza vamos planejar e fazer uma equipe diferente. Vamos começar a preparar esta equipe do sub-20 como base do profissional do ano que vem. No entanto, tudo isso dependente da diretoria e presidência”.


Fonte: Kawanny Barros _ Globo esporte.com

Voltar para Home de Notícias


Copyright 2000 / 2015 - All rights reserved.
Contact: Amaury Teixeira Powered by www.nossalucelia.com.br
Lucélia - A Capital da Amizade
O primeiro município da Nova Alta Paulista