Primeiro transplante de pulmão é feito no Oeste Paulista após mulher morrer vítima da doença de Addison
Nossa Lucélia - 09.05.2015

Maria Lúcia Pereira faleceu aos 43 anos, sofreu uma parada cardíaca de 40 minutos. Foram doados rins, fígado, córneas, ossos do fêmur, além dos pulmões

JUNQUEIRÓPOLIS - A junqueiropolense Maria Lúcia Pereira, 43 anos, faleceu nesta semana vítima da doença de Addison, doença bastante rara, caracterizada pela produção insuficiente dos hormônios da glândula supra-renal ou adrenal (glândula situada acima do rim).

Maria Lúcia descobriu a doença em 2012 e desde então vinha realizando acompanhamento médico e mantinha uma vida normal. No último dia 30, ela teve uma queda de pressão arterial e recebeu os primeiros atendimentos na Santa Casa de Junqueirópolis, e em seguida foi transferida para o Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente. Na terça-feira, 5, Maria Lúcia sofreu uma parada cardíaca de 40 minutos e logo depois os médicos constataram morte encefálica.

A família teve que decidir rapidamente quanto à doação de órgãos, uma vez que os aparelhos continuavam ligados para manter os órgãos funcionando. Denis Diego, filho mais velho, soube pelo atual marido da mãe, que em uma conversa, Maria Lúcia manifestou o desejo de doar os seus órgãos, caso um dia fosse necessário.

Na manhã dessa quinta-feira, 7, foi realizada o procedimento de retirada de órgãos da paciente. Foram doados rins, fígado, córneas, ossos do fêmur, além dos pulmões que foi a primeira captação realizada no Oeste Paulista para doação e transplante.

Equipes médicas do Instituto do Coração (Incor) – responsável pela captação dos pulmões – e do Hospital Albert Einstein – responsável pela captação do fígado - chegaram a Presidente Prudente por volta das 9h em um voo fretado da capital. Além das equipes de São Paulo, o procedimento também teve a participação de equipes da Santa Casa de Presidente Prudente – captação de rins e córneas – e da Organização de Procura de Órgão (OPA) de Marília – captação de ossos. Ao todo, cerca de 30 profissionais participaram do procedimento, com previsão total de duração de cerca de 8h.

O primogênito contou à reportagem que assim que a mãe soube do diagnóstico da doença, “tentou viver da melhor maneira possível e lutou pela vida, aproveitando seu último momento se reaproximando mais dos filhos e se apegando mais com Deus”.

Segundo Denis, não houve conflito na hora de optar pela doação de órgãos de sua mãe, já que os órgãos de Maria Lúcia darão uma segunda chance para várias pessoas que aguardavam por um transplante.

O sepultamente de Maria Lúcia ocorreu no fim da tarde de ontem, 8, no Cemitério Municipal de Junqueirópolis. Ela era casada há 10 anos com Josimar dos Santos e deixa três filhos, Denis Diego, Jean Carlos e Marcos.


Fonte: Poliana Possatti _ Do Portal Regional _ Com informações do ifronteira.com

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