Peixes aparecem mortos no córrego do Matadouro
Nossa Lucélia - 21.01.2015


A água do córrego estava escura com muita espuma e muitos peixes mortos

LUCÉLIA - Um suposto crime ambiental pode ter tirado a vida de centenas ou milhares de peixes no córrego do Matadouro, no município de Lucélia. Dois moradores que não quiseram ter seus nomes divulgados avisaram a reportagem que no referido córrego que faz fundo com suas propriedades rurais, havia muitos peixes mortos, boiando na águas suja e poluída.

Fomos pela vicinal João Lopes da Silva, sentido Lucélia/Pracinha e nas proximidades da ponte do “Matadouro”, avistamos que a água do córrego estava escura com muita espuma. Subimos em direção à cabeceira ou nascente e deparamos com um cenário incomum.

Por todos os lados, muitos lambaris mortos, também avistamos e identificamos um cascudo morto, um bagre de aproximadamente 10 cm morto, uma traíra com aproximadamente 20 cm morta, e alguns acarás. Todos os peixes estavam mortos, boiando em meio da água podre, cor escura e com mau cheiro e com muita sujeira nas margens e dentro do riacho.

O mau cheiro no local era muito, algo semelhante pode ser sentido para quem passa de carro pelas marginas dos rios Pinheiro e Tietê, na cidade de São Paulo. Nas margens do riacho muitos pneus de bicicleta, moto, carro e muitas garrafas pets, plásticos, garrafas de cerveja e cachaça, todas jogadas dentro do leito do riacho, deixando o riacho com aspecto de morto.

O cenário foi desolador. Peixes boiando, sujeira e descaso com a natureza. Não sabemos a origem nem as causas da poluição, isso só dependerá de uma análise técnica por parte dos agentes da CETESB, que já foram contactados para identificarem os agentes causadores da poluição. Em alguns pontos o odor era tanto que foi necessário tampar a narina com a camiseta para impedir o forte odor que saia do riacho.

Um agravante é que estamos na época da piracema, época de desova e reprodução dos peixes, onde as fêmeas seguem para as cabeceiras dos rios para desovarem e fazer o milagroso ciclo da vida na natureza. Alguns peixes mortos, iriam desovar devido a saliência de ovas no seu corpo. Com a morte precoce, causada por agentes até então não identificados, o ciclo da vida no referido córrego foi interrompido, pelo menos para os peixes que perderam a vida.

O referido córrego tem suas nascentes próximas ao conjunto habitacional Parque das Palmeiras, nas proximidades do cemitério municipal. Se desloca por boa parte do território da zona rural de Lucélia, até encontrar um outro córrego do bairro Santa Maria, e formar assim, o famoso rio Balisa, que por sua vez acaba desaguando no rio do Peixe, um dos mais importantes e piscosos do interior paulista.

Segundo informações, há peixes mortos para a “parte leste do riacho”, sentido cidade rio Balisa, o que leva a crer que há muito mais peixes mortos por todo córrego e consequentemente a mesma água escura, espumosa, com forte odor de algo podre. Outro fato preocupante é que o gado das propriedades rurais cortadas pelo riacho, bebem a água do riacho e tal fato pode acarretar em perigo para a saúde bovina.


Fonte: Marcos Vazniac

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