MP pede esclarecimentos sobre problemas com telefonia em Dracena
Nossa Lucélia - 30.12.2014


Para conseguir falar no celular, moradores precisam ficar no meio da rua. Até esta terça-feira (29), Procon registrou quase 2 mil reclamações

DRACENA - O que deveria ser algo simples, se tornou um desafio diário para os moradores de Dracena: falar ao celular. Diante de tantas reclamações, o caso foi parar no Ministério Público. A má qualidade do serviço prestado pelas operadoras de telefonia móvel é um problema antigo. De janeiro até esta terça-feira (29), a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), registrou quase 2 mil reclamações.

A nutricionista Aline Queiroz mora na Alameda Portugal, no Bairro Palmeiras I, e realizar uma ligação pelo celular de dentro da casa é uma missão quase impossível e, quando a chamada completa, a dificuldade é falar com quem está do outro lado da linha.

Para conseguir conversar, a nutricionista precisa ir para o meio da rua. “Até assunto particular e de serviço ou alguma coisa que não precisa ser exposta tem que ser falado na calçada, independente de quem esteja passando”, disse.

Já a empresária Célia Ozelin, que mora no mesmo bairro, também enfrenta a dificuldade. Ela é proprietária de uma empresa de locação de som para festas. Porém, para conseguir falar com os clientes a ligação tem que ser feita junto à janela.

“Só conseguimos falar no telefone perto da janela ou na rua”, afirma Ozelin. “Nós temos uma empresa e usamos mais o celular do que o telefone fixo e é muito complicado falar com os fregueses”, disse a empresária. Ela ainda completa que foi feito um abaixo-assinado e “prometeram colocar uma antena, mas até agora nada”.

De acordo com o Procon, em Dracena, a cada 30 atendimentos, mais da metade é referente aos serviços de telefonia móvel. A chefe do Departamento de Defesa do Consumidor, Phriscila Dantas das Neves Novaes, afirmou que o órgão recebe em média 20 a 30 reclamações por dia”. Entre os problemas mais comuns estão “a falta de sinal, cobranças indevidas na fatura ou o não cumprimento de serviços por parte da empresa”.

De acordo com o promotor de justiça Antônio Simini Júnior, “houve um requerimento da Câmara Municipal de Dracena para que esta instabilidade no sinal fosse apurada”.

Diante da quantidade de reclamações, o caso foi para o Ministério Público e um inquérito civil foi aberto contra quatro operadoras. O MP quer esclarecimentos sobre o assunto. “Eles têm 30 dias após a data do recebimento do ofício que foi expedido no dia 10 dezembro para apresentar soluções”, disse.

“Pode ser apresentado um acordo para regularizar a situação ou, na impossibilidade deste acordo, ingressaremos com uma ação civil pública”, acrescentou o promotor.


Fonte: Do G1 Presidente Prudente

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