Católicos e seguidores de outras religiões se unem em ato a favor da permanência do padre
Nossa Lucélia - 05.12.2014


Manifestação ocorrerá neste sábado e domingo, após a missa das 19 horas

ADAMANTINA - A decisão do bispo da Diocese de Marília, dom Luis Cipolini, de transferir da Paróquia de Santo Antônio, de Adamantina, o padre Wilson Luis Ramos, ainda não foi aceita pelos adamantinenses. A indignação é demonstrada diariamente desde que a decisão foi divulgada na última semana pela mídia.

Além dos manifestos contrários a decisão do bispo, os fiéis organizam ações como a que ocorre desde o início dessa semana, em que é buscado 20 mil assinaturas em um abaixo-assinado em apoio à permanência do sacerdote no município. Agora, os católicos e até mesmo seguidores de outras religiões, como a espírita e evangélica e até mesmo ateus estão dispostos a demonstrar a indignação nas ruas, em passeata marcada para acontecer neste sábado e domingo, 7, após a missa das 19 horas.

Em evento criado no Facebook, o organizador Danilo Alves, pede que todos estejam vestidos de preto e com velas e cartazes no ato de apoio ao padre.

Em sua página pessoal, Ramos fez um desabafo sobre o ocorrido: “Eu tenho suportado tudo com muita caridade, e com muito silêncio, pois jamais desejei ver o Reino de Deus dividido, muito menos a Igreja de Jesus. (...) Não quero chamar ninguém de mentiroso, nem repetir o ato de pressão, que tenho vivido, eu nunca pedi pra deixar a Paróquia de Santo Antonio”, disse na rede social.

A polêmica transferência de paróquia repercutiu em âmbito nacional, como no jornal Estadão e no site Terra. Para ambos, o padre relatou ter sido vítima de racismo quando chegou ao município em 2012 por um pequeno grupo. Segundo ele, chegou a ouvir de duas senhoras que o galo que fica no topo da igreja deveria ser trocado por um urubu. Além do racismo, um pequeno grupo da paróquia estaria insatisfeito com o “jeito simples” do padre, que tem atraído pessoas com menos poder aquisitivo, jovens e usuários de drogas.

Em nota, o bispo dom Luis diz que relatos da população que chegaram até ele dão conta de que houve uma divisão na paróquia desde a chegada do sacerdote. Ele disse ter se baseado em uma passagem bíblica para tomar sua decisão. “Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não poderá subsistir. Se uma casa se dividir contra si mesma igualmente, não conseguirá manter-se firme (Mc 3,24).”


Fonte: Estela Mendes _ Do Portal Regional

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