Moradores de Irapuru enfrentam racionamento de água depois das 21h
Nossa Lucélia - 15.11.2014


Prefeitura tomou decisão há 30 dias, para 'desagrado' da população. Município é abastecido por sete poços artesianos que não dão conta

IRAPURU - Os moradores de Irapuru tentam abrir as torneiras, porém vem logo a “decepção” da falta de água. A população está tendo que racionar há mais de um mês. Na cidade, que tem pouco mais de 8 mil habitantes, o fornecimento de água é interrompido todas as noites pela prefeitura.

O município é abastecido por sete poços artesianos e, para conter o uso desenfreado, há mais de 30 dias a prefeitura resolveu racionar o fornecimento. Um carro de som passa avisando a população que “o fornecimento de água será interrompido às 21h”.

Diante do problema, uma parte da população passou a armazenar água em garrafas pets e baldes, como acontece na casa do aposentado Humberto Resendo. “No período da tarde eu já encho os baldes, porque sei que a noite, já vai faltar água. E, essa reserva, utilizo para tomar banho”, diz Resendo.

O diretor de água e esgoto da cidade, João Brito, diz que a medida é necessária já que existe um problema no reservatório que tem mais de 60 anos. O local passa por graves problemas estruturais, como vazamentos.

“O volume de água não é mais o mesmo, as vezes, o posto pára de puxar. Isso significa que o lençol freático não está com o volume adequado. Então, este é um problema que afeta o Estado inteiro”, relata Brito.

Outro contratempo é a falta de hidrômetros nas casas, fato que impede o Poder Público dimensione o real consumo de água. A situação financeira só piora, de acordo com o prefeito Silvio Ushijima. Porém, o chefe do Executivo afirma que o problema deve ser normalizado em 2015.

“Não temos controle do que consumimos e nem do que extraímos pela falta do hidrômetro. Fiz um pedido junto ao Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH), que já foi aprovado no valor de R$ 280 mil, no entanto, só para o ano que vem”, explica o prefeito.

Enquanto a situação não é normalizada, a população prossegue com as reclamações, como é o caso da dona de casa, Odaiane Silva Lima. “Meu marido chega do trabalho de madruga e não tem água para ele tomar banho, infelizmente”, conta.

Já para a doméstica Vera Jardim, a situação é “constrangedora”. “Como a prefeitura não libera a água depois das 21h, tenho que adiantar todo o serviço para não passar apuros”, diz.

Como esse racionamento, com tempo indeterminado, é uma maneira de conter gastos, segundo o Executivo, há dois meses, as repartições públicas trabalham em horários reduzidos.


Fonte: Do G1 Presidente Prudente

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