Déficit mensal pode fazer Santa Casa de Adamantina abrir mão do Pronto Socorro
Nossa Lucélia - 03.11.2014



ADAMANTINA - Após decisão em consenso com a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, Corpo Clínico e médicos plantonistas, a provedoria do hospital adamantinense “denunciou” o contrato do Pronto Socorro ao prefeito Ivo Santos (PSDB), o que pode resultar na interrupção do mesmo e transferência da administração do serviço à Prefeitura do Município. O documento foi protocolado no último dia 20 de outubro e estipulado prazo de 60 dias para que sejam tomadas providências.

Procurado pela Folha Regional na tarde de terça-feira (28), o provedor Pedro Ruete explicou que a iniciativa foi tomada porque há mais de 30 dias a situação foi exposta ao secretário de saúde Jorge Chihara, no entanto, nada foi decidido.

“O objetivo da 'denúncia' não é exigir absurdos. Na verdade, o que precisamos neste primeiro é apenas sentar com quem resolve e discutir o que podemos fazer para não chegar ao ponto de fechar o PS. Por isso estamos dando até 20 de dezembro para que resolvam ou entremos em um acordo viável. Caso contrário, não nos restará outra saída além de transferir o Pronto Socorro para a Prefeitura. E só estamos tornando público isso porque a população precisa saber o que está acontecendo”, declarou.

MOTIVOS - A atual realidade, segundo os administradores da unidade, é gerada por dois sérios motivos: a deficiência financeira e o aumento de atendimentos.

De acordo com informação da Santa Casa, hoje o Município repassa recurso mensal de R$ 225 mil para manutenção do PS. Porém, Ruete afirma que deste valor, R$ 40 mil precisam ser redirecionados ao Posto de Saúde (central). “Nessa conta ainda entra despesas de R$ 90 mil/mês só para o pagamento dos médicos que dão plantão no Pronto Socorro. Aí faz a conta de quanto sobra para custear gastos com os funcionários, medicamentos, água, energia, telefone, entre outros. Não dá pra fazer milagre. E a Irmandade chegou à conclusão que não tem mais como suportar o elevado déficit”.

Com relação ao atendimento, ocorre que o fechamento dos serviços de emergência das santas casas de Osvaldo Cruz e Lucélia resultou na destinação dos pacientes para Adamantina. “Hoje somos referência de 'socorro' para 10 cidades da região, totalizando uma população de 150 mil habitantes, que procuram diariamente o nosso PS e Santa Casa”.

O provedor da entidade garantiu também que todas as partes envolvidas na questão já têm consciência do andamento do caso, inclusive o Corpo Clínico. “Para ter uma ideia da seriedade da situação, já existe até uma carta de demissão assinada pelos médicos plantonistas”.


Fonte: Da Folha Regional de Adamantina

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