Dos 18 médicos cubanos alocados para a Alta Paulista, sete atuam em Adamantina
Nossa Lucélia - 19.10.2014


Em Adamantina, os sete médicos cubanos realizam atendimentos em quatro unidades de atenção básica

ADAMANTINA - Mesmo com todas as controvérsias, opiniões divergentes e até suspeitas de desvio de dinheiro público, o Programa Mais Médicos, instituído pelo Governo Federal em 2013 é uma realidade em diversas cidades brasileiras. O programa faz parte de um amplo pacto pela melhoria dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), que prevê inclusive a convocação de médicos estrangeiros para atuarem nas periferias de grandes cidades e municípios do interior do país.

Dos 30 municípios da Nova Alta Paulista, 12 inscreveram-se no Programa e hoje, 18 médicos de nacionalidade cubana atendem em estabelecimentos públicos de saúde na região. Do total, sete atuam em Adamantina, três em Flórida Paulista e dois em Tupã. Em Dracena, Flora Rica, Herculândia, Inúbia Paulista, Osvaldo Cruz e São João do Pau D'Alho, o Ministério da Saúde alocou um profissional para cada cidade. Ainda, por meio do Provab (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica), mais oito médicos brasileiros realizam atendimentos em 5 municípios.

Em Adamantina, os sete médicos cubanos realizam atendimentos em quatro unidades de atenção básica, que com outros sete médicos brasileiros (alguns até da própria cidade, sendo quatro contratados diretamente pela Administração Municipal e outros três pelo Provab), integram as 14 equipes do Programa Saúde da Família. Cada equipe é responsável por um setor no município, delimitado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo o secretário de saúde de Adamantina, Jorge Yochinobu Chihara, o município presta uma contrapartida no valor de R$ 2 mil mensais ao Programa Mais Médicos, valor repassado diretamente a cada profissional cubano como complementação do valor proporcionado pelo Governo Federal.

Jorge ainda explica que os médicos permanecem no município até o final da vigência do contrato fixado pelo Ministério da Saúde por meio do Mais Médicos, que tem duração de três anos, com o intuito de estruturar de forma adequada a atenção básica de saúde.

Em outubro completam seis meses que o primeiro profissional de Cuba chegou a Adamantina. Nesta semana, a reportagem conversou com um deles; o médico Jorge Luis Fernandes Peña, clinico geral e nefrologista, com 16 anos de experiência. Ele esteve na Venezuela e também no Paquistão, onde integrou uma equipe de trabalho humanitário, depois que um terremoto atingiu o país em outubro de 2005, deixando cerca de 19 mil mortos.

Durante a conversa, Peña não poupou elogios ao Brasil e em especial ao povo adamantinense e se diz feliz e satisfeito com a forma carinhosa pela qual foi recebido. Permitindo-se falar pelos seus colegas conterrâneos, Penã afirmou que está gostando da cidade, enfatizando o quanto as pessoas têm sido hospitaleiras.

Questionado que tipo de atendimento presta a população, respondeu que seu trabalho está voltado a atenção básica, quando o médico trabalha mais efetivamente na prevenção, do que no combate a doenças. Segundo ele, o seu trabalha como dos demais profissionais complementam um déficit de médicos do município. "Amo o que faço e que não vejo a medicina apenas como uma profissão, mas como uma vocação".


Fonte: Augusto Santos _ Do GI Notícias

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