Raul foi o primeiro na Fuvest e na Unicamp
Estadão - Por Renata Cafardo 05/02/2004
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(Primeiro colocado na Fuvest repete feito na Unicamp) Matéria publicada na Folha de São Paulo)
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Estadão 05.02.2004 - 1ª caderno - Página 16A O telefone ontem tocou cedo na casa simples de Adamantina, a quase 600 kms de São Paulo. A Fuvest avisava que Raul Celistrino Teixeira, 17 anos, era o primeiro colocado do maior e mais concorrido vestibular do país, “Saí logo correndo para contar pra todo mundo. Tomara que a cidade inteira saiba”, diz o jovem, filho de um bancário e uma dona de casa. Sem fazer cursinho e estudando poucas horas por dia, Raul errou apenas três perguntas na primeira fase do exame e teve pontuação final de 898,2, num total de 1.000 possíveis.
Aluno do Colégio Objetivo da cidade, Raul foi também o primeiro colocado no vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), cuja lista foi divulgada ontem. “Sorte no vestibular, azar no amor”, brinca. Raul está sem namorada atualmente e acha “complicada” essa história de conquistar as meninas. “Eu até que não sou tímido, mas é preciso ter coragem também.” O estudante torce agora para que a fama repentina em Adamantina dê uma ajudinha ao lado amoroso.
“Não tenho muita disciplina para estudar, não sei como as pessoas conseguem ficar o dia todo só fazendo isso”, afirma. Apaixonado por física quântica, Raul vai cursar Física no campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). A opção de continuar no interior foi dele, já que o curso também é oferecido na capital. “Acho o campus da USP em São Paulo tão impessoal quanto a cidade, é tudo muito grande e você acaba se sentindo sozinho”.
Raul gosta mesmo de ler livros científicos e de bater papo com amigos na rua. O campeão da Fuvest só saiu do País para disputar olimpíadas de matemática e de astronomia, eventos em que se aplicam provas sucessivas para estudantes de todo o mundo. Ele já conseguiu medalhas de prata e de bronze em competições na Suécia e na Argentina.
Nascido em Lucélia, mudou-se ainda pequeno para Adamantina, onde mora com os pais e a irmã mais nova. A mãe Liderci Teixeira conta orgulhosa que o filho “nunca deu trabalho” e aprendeu a ler com 3 anos. "Só estou com o coração apertado porque ele vai morar longe da gente.”
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