Lucélia e mais cinco municípios da região estão com lixões irregulares
Nossa Lucélia - 31.07.2014


Lei estipula que cidades devem possuir aterros até 2 de agosto de 2014. Além de Lucélia, Osvaldo Cruz, Pirapozinho, Presidente Prudente, Salmourão e Santa Mercedes estão com lixões em condições irregulares

REGIÃO - Mesmo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei aprovada em 2010 que estipulou um prazo de quatro anos para que todos os lixões do país fossem fechados a partir de 2 de agosto de 2014, algumas cidades do Oeste Paulista ainda não conseguiram se regularizar. Em Presidente Prudente, são depositadas diariamente 193 toneladas de lixo em um terreno a céu aberto.

Conforme a política de resíduos sólidos, são estabelecidos que além do encerramento dos lixões, também sejam criados aterros sanitários. Porém, antes dos produtos serem descartados diretamente na terra, é preciso impermeabilizar o solo. Em alguns locais, uma manta já foi instalada para evitar que o chorume entre em contato com o lençol freático. Depois, todo o líquido armazenado é transportado através de um sistema canalizado subterrâneo até um poço.

Dos 53 municípios do Oeste Paulista atendidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), seis estão em condições irregulares. Destas, são: Lucélia, Osvaldo Cruz, Pirapozinho, Presidente Prudente, Salmourão e Santa Mercedes. Elas foram reprovadas no índice de qualidade de resíduos. Outros 13 municípios não tem licença para operar.

Conforme o produtor, Gabriel Lino de Paula Pires, a situação é preocupante. “Há anos o Ministério Público vem cobrando dos municípios posturas adequadas para cumprir a Lei da Política de Resíduos Sólidos e nós vemos que ainda há uma grande distância a percorrer, Tem muito o que se fazer para que tenhamos uma gestão correta para o lixo que produzimos na região”, afirmou.

Devido as dificuldades e o alto custo para as mudanças, a lentidão do Poder Público parece se tornar maior, conforme o gerente da Cetesb, Luis Takashi Tanaka. “Para aqueles municípios que geram mais que dez toneladas de lixo por dia, há a necessidade de fazer um aterro com impermeabilização do solo, com implantação de dreno de gás e de chorume, as lagoas para descarte devem possuir gel membrana, então com isso, há a demora para a construção do aterro”, explicou.

A professora, Alba Regina Azevedo Arana, diz que as prefeituras devem se atentar ao que está ocorrendo. “A dificuldade, eu acredito, que esteja na forma política de entender o problema. É extremamente grave e tem a ver com toda a população, então, o Poder Público precisa priorizar para resolver essa questão”, ponderou.

Enquanto isso, o lixo de acumula em locais irregulares, o que o torna uma ameaça ao solo e coloca em risco o futuro várias pessoas, segundo o engenheiro ambiental, Murilo Mendes de Angelo. “Dentre os problemas que o lixo traz ao meio ambiente, podemos numerar vários, mas primeiramente vem o chorume que vai contaminar o lençol freático, o biogás que pode gerar incêndios nos aterros e por fim a proliferação de vetores”, ressaltou.

Em Presidente Prudente, as máquinas já não dão mais conta de cobrir todo o lixo, e os resíduos. Apesar de o local estar interditado, um termo de ajustamento de conduta firmado entre o município e o Ministério Público tem o prazo de que até o fim do ano para que uma nova área seja adquirida e um aterro construído.

Um outro desafio do Governo Municipal é elaborar um plano de gestão de resíduos de como diminuir ao máximo os impactos que esse lixo todo pode provocar ao meio ambiente em longo prazo.

Em Presidente Venceslau, o aterro sanitário foi implantado e está em funcionamento. Agora, a prefeitura aguarda receber a licença de operação.



Fonte: Do G1 Presidente Prudente

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