Tupã já registra 170 casos de leishmaniose em animais neste ano
Nossa Lucélia - 04.06.2014


Em 2013, foram registrados seis casos em humanos na cidade. Secretaria de Saúde faz campanha de limpeza para combater doença

TUPÃ - Neste ano já foram registrados em Tupã 170 casos de leishmaniose em cães e todos os animais foram sacrificados depois de contraírem a doença, que preocupa autoridades de saúde. Nos cinco primeiros meses do ano, três pessoas tiveram a doença na cidade e o número preocupa as autoridades de saúde, que temem que esse número aumente. Em todo no ano de 2013, foram registrados seis casos em humanos e 300 animais foram submetidos a eutanásia.

Segundo a secretária de Saúde, Rosângela de Souza Urel, estão sendo desenvolvidos projetos de vigilâncias das febres e dos sintomas da leishmaniose. “A vigilância é para que seja detectado o mais precocemente possível. Porque quanto mais cedo detectar, mais chance de cura.” Móveis velhos, entulho e lixo, no quintal de casa é um ambiente que o mosquito palha, causador da leishmaniose costuma se esconder. Quando ele pica um cão, a doença transmitida é fatal. E se o mesmo mosquito picar uma pessoa ela também será contaminada.

Para a medicina veterinária a leishmaniose ainda é um mistério. Não existe um tratamento eficaz para os animais no Brasil, só para o ser humano. Por isso, o único alerta é prevenir retirando toda a sujeira que possa atrair o mosquito transmissor. “O mosquito palha gosta de local úmido, com bastante árvore, frutas que caem no chão e deixa a terra úmida e é ali que ele gosta de se desenvolver. Se estiver limpo não vai ter mosquito”, afirma a diretora de zoonoses de Tupã, Thaís Aono.

Os sintomas da leishmaniose são similares entre os cães e seres humanos. A doença provoca febre, aumento do fígado e baço, perda de apetite e peso, além de fraqueza. Com medo que a doença se espalhe pela cidade, a população colabora com os mutirões. A aposentada Geni Lopes dos Reis recolheu toda a sujeira que estava jogada em casa. “Fiz uma limpeza para que nenhum inseto fique escondido.”

E o medo de contrair a doença também incentivou a dona de casa Elizabeth de Oliveira a limpar o quintal. “Dá muito medo porque já morreram pessoas com essa doença. Por isso que tem que cuidar, deixar tudo limpinho. Para não dar mais doença nas pessoas.”Nos próximos dias o mutirão deve se estender por toda a cidade.

PREVENÇÃO NOS ANIMAIS - Sobre o controle da doença nos cães, atualmente no mercado pet existe apenas a coleira repelente do mosquito da leishmaniose, que custa em média R$ 70. Tem também a vacina, que só é eficaz se aplicada no cão sadio, e custa em média R$ 90 cada dose. São necessárias três por ano para manter o animal imunizado.

Outro método, mais barato, porém pouco eficaz é plantar citronela no quintal. A planta é um repelente natural, mas não impede a picada do mosquito. Melhor seria se as prefeituras também criassem políticas públicas para ajudar a quem não tem condições de pagar essas despesas para manter os animais de estimação protegidos.


Fonte: Do G1 Bauru e Marília

Voltar para Home de Notícias


Copyright 2000 / 2014 - All rights reserved.
Contact: Amaury Teixeira Powered by www.nossalucelia.com.br
Lucélia - A Capital da Amizade
O primeiro município da Nova Alta Paulista