Sindicato providencia cestas básicas a grevistas do Expresso Adamantina
Nossa Lucélia - 12.04.2014


Medida busca amenizar situação financeira dos funcionários parados. Empresa não negociou com trabalhadores desde o início do movimento

ADAMANTINA - O Sindicato dos Condutores de Osvaldo Cruz, Adamantina e Dracena começou a entregar nesta quinta-feira (11) cestas básicas para cerca de 130 funcionários da empresa Expresso Adamantina, que paralisaram os serviços no dia 20 de março e estão sem receber seus vencimentos há dois meses. De acordo com a organização, muitos acumularam dívidas e passam por dificuldades financeiras.

O sindicato informa que utilizou recursos próprios para providenciar os alimentos aos integrantes do movimento grevista. “Tem trabalhador que não consegue pagar as contas de luz e água. Outros estão com medo de serem presos, já que não possuem o dinheiro para a pensão alimentícia dos filhos. As cestas são dadas como forma de amenizar esta situação”, informa.

Ainda conforme o sindicato, ainda não houve nenhum encontro entre representantes da Expresso Adamantina e dos funcionários para tentar um acordo com as partes. “Sabemos que eles fizeram reuniões entre eles [sócios] para discutir a situação, mas ainda não foi apresentada nenhuma solução”, relata.

Entre os trabalhadores parados estão aqueles que atuam como motoristas, cobradores e auxiliares no serviço de manutenção, além de profissionais que de escritório. As reivindicações são o pagamento dos salários atrasados, referentes ao mês de fevereiro e março, e o reajuste das remunerações. “Fomos atingidos por problemas financeiros da empresa, que está com dificuldade até para quitar suas dívidas com fornecedores”, expõe o sindicato.

O movimento grevista também aguarda futuras decisões da Justiça em favor dos direitos dos trabalhadores, que já moveu ações para tentar um parecer positivo sobre os pagamentos. “A nossa expectativa quanto a isto é positiva”, aponta.

Nenhum ônibus da Expresso Adamantina, que possui sede em Dracena, saiu das garagens desde o início da paralisação. Isso levou a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) autorizar a entrada, em caráter emergencial, de quatro novas empresas para atuar nas linhas de transporte suburbano e interurbano em cidades da Nova Alta Paulista. Elas cumprem este serviço desde o dia 24 de março.

De acordo com o advogado da empresa, Aldo José Barbosa, um pedido de inconstitucionalidade foi encaminhado à Justiça, que define a greve como ilegal, porém não houve nenhum avanço no processo. “Estamos na iminência de uma proposta para acertamos as contas, porém ainda não houve uma negociação. Continua tudo na mesma”, declara.

TRANSPORTE INTERURBANO - As empresas que começaram a operar no lugar da Expresso Adamantina são a Expresso de Prata, Princesa do Norte SA, Empresa de Transportes Andorinha e Guerino Seiscentos Transportes. Elas estão responsáveis pelas linhas Marília-Tupi Paulista, Tupi Paulista-Panorama, Dracena-Monte Castelo, Dracena-Panorama, Dracena-Presidente Epitácio, Flora Rica-Adamantina, Presidente Prudente-Ribeirão Preto, Tupã-Rancharia, Tupi Paulista-Campinas, Tupã-Bastos, Osvaldo Cruz-Taciba, Tupã-Parapuã, Parapuã-Adamantina, Pacaembu-Dracena e Dracena-Tupi Paulista.

A Artesp afirma que elas “permanecerão sendo operadas pelas empresas substitutas até que a situação da Expresso Adamantina seja normalizada, o que depende da empresa”.

Fonte: Vinícius Pacheco _ Do G1 Presidente Prudente



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