Salmourão encabeça criação de Parque Estadual no rio Aguapeí
Nossa Lucélia - 08.02.2014



REGIÃO - Técnicos do programa Biota, desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) elaboram, numa parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um estudo na região do rio Aguapeí para a criação um corredor ecológico de proteção da biodiversidade ali existente.

A área às margens do rio foi declarada “área sob proteção especial para estudo de conservação da natureza”, por meio do decreto nº 116, assinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 3 de dezembro de 2013.

O corredor ecológico proposto pelo programa Biota vem de encontro a uma proposta levantada pelos municípios banhados pelo Aguapeí, encabeçada pela Prefeitura de Salmourão, a da criação de um Parque Estadual.

Na próxima quinta-feira (13), representantes de 47 cidades banhadas pelo rio e seus afluentes estarão presentes em uma solenidade, no Salão Paroquial da Praça da Bandeira, em Salmourão, para o anúncio da área de proteção, com a presença do secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, e o vice-presidente da Cetesb, Nelson Bugalho, e o lançamento da proposta da criação do Parque Estadual do Rio Aguapeí.

“Esse é o reconhecimento da luta de praticamente 15 anos pela busca da preservação do rio Aguapeí, que tem importância ambiental e econômica tanto para Salmourão como para a região”, destacou o prefeito salmouroense José Luis Rocha Perez (PSDB).

Segundo Perez, 10% do território de Salmourão é composto por vegetação nativa da Mata Atlântica e, com a criação do Parque, a região contaria com maior efetivo da Polícia Militar Ambiental, fiscalização extensiva contra o desmatamento e demais crimes ambientais.

“Além disso, para o futuro, a criação do Parque significa mais investimento por parte do Governo do Estado para os municípios beneficiados, a fim de alavancar o desenvolvimento regional em prol da preservação do meio ambiente, o que resultaria também em maior qualidade de vida”, concluiu o prefeito.

Programa Biota e o rio Aguapeí - Criado oficialmente em março de 1999, o Programa de Pesquisas em Conservação Sustentável da Biodiversidade, denominado “Programa Biota/Fapesp, O Instituto Virtual da Biodiversidade”, foi o resultado de três anos de trabalho de um grupo de pesquisadores que, com o apoio da Coordenação de Ciências Biológicas e o respaldo da Diretoria Científica da Fapesp, sensibilizou a comunidade científica para a necessidade de ações concretas para a implementação da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), assinada pelo governo brasileiro durante a ECO-92.

O objetivo maior do Biota/Fapesp é inventariar e caracterizar a biodiversidade do estado de São Paulo, definindo os mecanismos para sua conservação, seu potencial econômico e sua utilização sustentável.

Já o rio Aguapeí, também conhecido como rio dos Aguapés ou Feio, nasce no município de Gália, bem próximo à SP-294 (rodovia Comandante João Ribeiro de Barros). Segue para o norte até a altura de Lins. Em seguida, para oeste, passando por Luziânia, a partir de onde recebe muitos afluentes até desaguar no rio Paraná, entre os municípios de Nova Independência e São João do Pau d'Alho.

Como percorre mais de 300 quilômetros, é, portanto, um dos maiores rios do estado de São Paulo em extensão. Em todo seu percurso, corre aproximadamente paralelo ao rio Tietê, que se localiza ao norte, e ao rio do Peixe, ao sul.


Fonte: João Vinicius _ Do GI Notícias / Daniel Torres _ Especial para o IMPACTO



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