Governador e prefeita entregam casas sem água nas torneiras
Nossa Lucélia - 31.01.2014


Secretário confirma que 104 casas foram entregues sem a conclusão das obras de infraestrutura para o abastecimento de água

BASTOS - Os poucos ocupantes das novas 104 casas populares do conjunto Massaharu Matsubara – Bastos H – entregues no dia 30 de dezembro pela Prefeita Virgínia Fernandes (PSDB) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) continuavam, no decorrer da última semana, enfrentando problemas para habitar suas novas moradias. E por um motivo simples: as unidades foram entregues sem a devida ligação de água. Uma moradora consultada na quarta-feira pela reportagem disse que se mudou para o local na sexta-feira, dia 17 e apenas na terça-feira da semana passada conseguiu que a Sabesp efetuasse a instalação do hidrômetro e a ligação da água. A referida moradora pediu para não ser identificada, nem fotografada, com medo de retaliações.

Segundo ela, nada mais que seis residências estavam ocupadas justamente pela dificuldade em conseguir a ligação de águas, nas casas entregues em evento que aconteceu apenas para aproveitar a passagem do governador pela região. Isso porque, as casa em questão, estranhamente, fazem parte de um conjunto total de 345 unidades; a maioria inacabada. Para ainda tem janela protegidas com madeiras e estão rodeadas de mato ou de buracos para instalação de muros.

SILÊNCIO - O primeiro indício de que há algo errado com a rede de água que deverá servir o novo conjunto chegou ao conhecimento da reportagem na quarta-feira, dia 22, pela manhã, por meio de um funcionário público. O problema ficou mais evidente depois que o gerente local da Sabesp, Arlindo Goro Satake se negou a comentar o problema. Ele disse que recebeu ordem expressa da direção regional da empresa para não dar qualquer informação sobre o problema no Bastos-H.

Por mensagem de e-mail, a responsável pelo setor de comunicação da regional da Sabesp em Prudente, Priscila Dias Franco, orientou a reportagem a procurar informações junto à Prefeitura, uma vez que “a implantação de infraestrutura no conjunto é de responsabilidade do município”. Contatada por telefone, a jornalista não retornou a ligação da reportagem até o fechamento desta reportagem, às 19h15 da última quinta-feira, dia 23.

BUSTER - Por telefone, o secretário de Planejamento de Bastos, Hosmany Rosa Vieira, confirmou que o problema está relacionado a infraestrutura do loteamento que “ficou por conta da Prefeitura”. Mais precisamente a não instalação de um equipamento chamado Buster – uma bomba que pressionará a água para chegar ao novo bairro – e que não foi instalada a tempo da entrega das primeiras 100 casas.

Conforme Hosmany, até a implantação do Buster, estão sendo feitas “ligações emergenciais” para as famílias que já se mudaram para o novo bairro – que até quinta-feira, dia 24, não tinha mais que 10% de ocupação.

A previsão do secretário é de que “para a semana que vem” o equipamento exigido pela Sabesp, esteja instalado e funcionando.

Hosmany também explicou que originalmente o conjunto seria construído em regime de mutirão e que a mudança de regime obrigou a Prefeitura a assumir a implantação da infraestrutura em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano.


Fonte: Jornal de Domingo



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