Ministério Público denuncia oito por fraudes: Entre eles está o ex-prefeito de Lucélia
Nossa Lucélia - 29.01.2014
REGIÃO - O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra os oito empresários do ramo de embalagens plásticas (sacos plásticos de lixo hospitalar e comum) suspeitos de fraudar licitações públicas em várias partes do País, inclusive Bauru.
Eles foram presos durante a Operação Colludium, desencadeada no último dia 14 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão vinculado ao MP.
Todos, no entanto, já respondem a inquérito em liberdade. A denúncia criminal por formação de quadrilha, corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e formação de cartel foi oferecida na última sexta-feira à Justiça Federal, que ainda analisa se as acusações serão transformadas em processo penal.
ALIADOS - O Gaeco também investiga outro grupo de pouco menos de dez pessoas que agiria como aliado dos empresários. Estas pessoas – que seriam de cidades do Interior do Estado como Bauru, Araçatuba, Marília e Jaú, entre outras – poderão responder pelos mesmos crimes, assim como o proprietário de uma grande empresa do ramo de embalagens sediada na Capital.
O Gaeco também apura a participação de servidores da prefeitura e da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb) no esquema. Para tanto, o MP aguarda que ambas enviem cópias de todos os processos licitatórios dos quais as empresas investigadas participaram nos últimos cinco anos.
Nos próximos dias, a intenção é instaurar um procedimento de investigação criminal específico para apurar com maior profundidade as fraudes cometidas em licitações realizadas no município.
Após este trâmite, a intenção é remeter todas as provas à Promotoria do Patrimônio Público e solicitar a suspensão dos contratos em que seja comprovada ilegalidade. O mesmo pedido deverá ser feito a todas as prefeituras paulistas onde as empresas investigadas venceram concorrências públicas.
Além de Edison Antonio dos Santos, dono da empresa bauruense Recifort, foram denunciados pelo MP os irmãos de Jaú Francisco Liduenha e Ana Maria Liduenha, o empresário de Piratininga Rogério Lopes dos Reis, ex-prefeito de Lucélia Carlos Ananias Campos de Souza, Adilson Aparecido Lino, de Marília, Luiz André Forest, de Oscar Bressane, e outra pessoa da Capital, cuja identidade ainda é desconhecida da imprensa.
O grupo agia comprando a “desistência” de outras empresas em licitações públicas para vencer a disputa. A estimativa é de que, em dois anos, o esquema tenha rendido mais de R$ 100 milhões em fraudes.
Fonte: Do www.jcnet.com.br
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