Mais um fóssil de dinossauro é encontrado por morador em Marília
Nossa Lucélia - 26.01.2014
Operador de máquinas procurou paleontólogo de Marília. Escavações levaram dois anos para serem concluídas
MARÍLIA - Mais um fóssil aumentou o acervo do Museu de Paleontologia de Marília O vestígio de que dinossauros habitaram na região foi descoberto por um morador da cidade. O sítio arqueológico é de difícil acesso e, por isso, foram dois anos de escavações, que terminam neste mês.
"Para a gente é muito interessante porque vemos nos filmes e ficamos imaginando como era uma região há milhões de anos. Então, a gente tem certeza hoje que existiam animais por aqui", disse o operador de máquinas, Ronildo de Jesus.
Sem conhecer muito sobre a vida desses gigantes animais, o morador do interior de São Paulo buscou ajuda do paleontólogo William Nava, que há mais de 20 anos faz escavações na região em busca de fósseis. Ele começou um trabalho cauteloso de tentativa de extrair o osso da rocha sem que o fóssil quebrasse. Foram quase dois anos até que o osso se desprende.
"É uma alegria muito grande poder remover um fragmento de um dinossauro como este e tudo indica que se trata de uma costela, mas ela apresenta uma série de fraturas, ocasionadas no processo de fossialização, mas de qualquer forma é mais uma evidência para a nossa região, atestando que a área é bastante rica, bastante fértil, em vestígios desses animais pré-históricos", informou o paleontólogo.
O grande número de fósseis que já foi descoberto nessa região mostra que essa espécie de dinossauro buscava viver por causa do clima quente e seco. Mas, de 70 milhões de anos para cá, o ambiente mudou, ganhou vegetação e cachoeiras, por exemplo. Ou seja, o local como está hoje seria inabitável para os dinossauros.
O fóssil extraído pelo especialista foi levado para o Museu de Paleontologia de Marília, onde são guardadas dezenas de ossos encontrados ao longo de 20 anos. "Esses achados são todos importantes para a ciência e não apenas para a cidade, mas para a ciência brasileira. Eles contam um pouco a história primitiva do nosso planeta e não apenas de uma região. Portanto, são tesouros, podemos assim dizer, que são resgatados do subsolo, das rochas sedimentares e eles ajudam a contar a história que existiu aqui no passado", enfatizou Nava.
Passado, que a partir de agora interessa muito ao Ronildo também, que depois de ver o osso de dinossauro que ele mesmo encontrou. A próxima missão é ir à “caça” de mais preciosidades. “Com certeza eu vou explorar mais. É até uma recompensa você ver ele conseguir tirar inteiro, intacto. Para a gente é até uma recompensa”, completou o operador de máquinas.
Fonte: Do G1 Bauru e Marília
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