Segundo MP, ex-prefeito de Lucélia pagou por desistências em licitações
Nossa Lucélia - 15.01.2014


Acusações são de que ele também recebia para aumentar propostas. Carlos Ananias foi encaminhado para Cadeia de Adamantina

LUCÉLIA - O ex-prefeito de Lucélia e empresário, Carlos Ananias Campos de Souza, que foi preso na manhã desta terça-feira (14), é acusado de negociar a desistência das empresas de sacos de lixo que participavam de licitações e 'vender' a sua desistência na participação nos mesmos processos. As informações são do Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Bauru.

De acordo com o MP, Souza era responsável por fazer as negociações, tanto de forma direta quanto indireta, com as empresas concorrentes e pagar para que elas deixassem de participar dos processos licitatórios ou, ainda, elevar o preço das propostas para que as mesmas não conseguissem concorrer com as demais.

As acusações também relatam que o ex-prefeito realizava o esquema inverso: negociava para que a empresa de produção de sacos plásticos representada por ele aumentasse os valores das propostas e, consequentemente, perdesse as licitações; ou mesmo desistisse de disputar os contratos.

Entre os casos nos quais Souza é acusado de estar envolvido, está um na cidade de Guarulhos, segundo o MP. Os concorrentes teriam recebido dinheiro para elevar os preços oferecidos pela venda de materiais e, assim, não conseguirem sair vencedores.

Ainda em relação ao esquema de cartel, que atuava em todo o Estado de São Paulo, Souza também estaria envolvido na criação de empresas de fachada, que participavam dos processos apenas para compor o número necessário de concorrentes.

O Ministério Público agora pesquisa todas as licitações em que ele e outros presos na Operação “Colludium” participaram, para que elas sejam paralisadas ou anuladas. O objetivo é interromper o repasse em dinheiro aos mesmos.

Foram cumpridos sete mandatos de prisão e 27 de busca e apreensão em diversas cidades do Estado de São Paulo, a fim de desbaratar uma organização criminosa composta por empresários do ramo de fabricação de embalagens plásticas que atuava fraudando licitações e superfaturando preços no interior e na capital do estado, além atuar em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.

De acordo com o Ministério Público, estima-se que o grupo todo tenha recebido de prefeituras do Estado de São Paulo, faculdades, hospitais e outras entidades públicas montante superior a R$ 100 milhões nos últimos dois anos.

Os empresários são investigados pelo crime de fraude em processo licitatório, formação de quadrilha, formação de cartel e corrupção.

OUTRO LADO - O advogado de Souza, Rodrigo Aparecido Fazan, disse que só poderá se pronunciar após ter contato com o processo. Ele já esta em São Manuel (SP), onde tramita a ação, para acompanhar o caso. “O ex-prefeito se declara inocente de todas as acusações”, declara.

Carlos Ananias Campos de Souza foi encaminhado para a Cadeia Pública de Adamantina e deve permanecer mais quatro dias no local, em prisão preventiva.


Fonte: Vinícius Pacheco - Do G1 Presidente Prudente



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